No início do mês foi constituída legalmente a S/A, segundo Luiz Figueira de Mello, diretor da consultoria Semma LFM, contratada para reativar o shopping, e agora está sendo feita a integralizaçao do capital de cada um dos 150 condôminos (proprietários) que, da propriedade individual de seus espaços, passam a ser acionistas. Mello disse que já houve a adesao de 126, ou seja, mais de 80%, e destes, em torno de 60 condôminos (40%) já fizeram a integralizaçao. "É um processo difícil e de muita ansiedade, mas que lentamente está caminhando. Ainda estamos perseguindo a adesao dos 20% restantes".

 O consultor acrescentou que haverá assembléia de condomínio no dia 18 de janeiro para a eleiçao do síndico e para que seja referendado novamente todo o processo de revitalizaçao. Foram definidas várias regras para essa transposiçao, com diversos índices, de acordo com o espaço que o proprietário possui, cotas de terreno anexo e outras peculiaridades. "Fizemos um regramento para a emissao de açoes que englobasse todas essas particularidades."

 No entanto, mesmo que nao haja 100% de adesao, o projeto nao deve ser emperrado, garantiu Mello. "A S/A passará a ter peso de decisao sobre os poucos condôminos que nao entrarem. Vamos buscar aglutinar os pequenos de modo a ter um interlocutor, para que nao se crie entraves no processo, dentro da lei." Mas a administraçao está tentando arregimentar os que ainda nao aderiram.

 Ainda de acordo com o executivo, apesar da lentidao do processo - tentado desde o início do ano - haveria grandes redes interessadas em se instalar no local. "Há interesse condicionado à questao jurídica. Hoje uma grande rede nao entra em um shopping com uma estrutura de condomínio. Estamos perseguindo esse objetivo até 31 de março." Ele disse que o Golden ainda é considerado uma referência, por sua localizaçao no município e pelo desejo da populaçao - aferida em pesquisa feita pela Semma - de vê-lo recuperado.  

Ancoras - Na reforma, seria feita a modernizaçao do visual interno e a colocaçao de três lojas âncoras, um supermercado, seis salas de cinema e uma praça de alimentaçao com 16 operaçoes. Haveria ainda a ampliaçao da área bruta locável, de 10 mil m² para 14 mil m², com o aumento do espaço das lojas, que hoje possuem em média 28 m² de área, para quase o dobro, ou seja, pelo menos 54 m² cada uma. Com isso, será reduzido o número de lojas satélites, de cerca de 190 para 140, com a aglutinaçao de 50 pontos comerciais. Mas o lojista que perdesse seu espaço teria preferência para a escolha de um novo ponto.