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Aumento do aço preocupa governo
11/06/2010 | 07:00
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, reiterou ontem que o governo pode retirar o imposto de importação do aço para competir com os preços domésticos. Segundo ele, alguns setores, como linha branca e automotivo, estão preocupados com o reajuste que as siderúrgicas brasileiras devem promover por conta do aumento do preço internacional do minério de ferro.

"O ministério está acompanhando e podemos tomar alguma medida para contrapor a este aumento de preço", afirmou Jorge.

No início do mês, o governo já tinha sinalizado que poderia estudar zerar as tarifas de importação de aço, para conter o impacto da alta do preço do produto na inflação. Depois de elevar os valores entre 10% e 15% em abril, as siderúrgicas negociam com os clientes novo reajuste de 10% para junho ou julho.

SELIC - O ministro também disse que o aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,75 ponto percentual, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) já estava previsto. Ele lembrou que, na semana passada, 80% dos analistas de mercado já apostavam neste percentual de elevação.

"Esse crescimento enorme do PIB (Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2010) deu mais razões para que o Banco Central fizesse esse aumento. Talvez isso ajudou a dar unanimidade na decisão", afirmou.

DESACELERAÇÃO - O ministro argumentou também que provocar a desaceleração da economia era necessário. "Não podemos suportar crescimento de 9% em relação ao ano passado. Mesmo um crescimento de 7% pode trazer problemas como inflação e problemas de gargalos", afirmou Jorge.

Segundo o ministro, o Banco Central tem poucos instrumentos para manter a inflação dentro da meta e, uma delas, é a taxa de juros. "É preciso por água nesta fervura do crescimento. Está alto e não é suportável para o País. Infelizmente não somos a China ainda", disse.




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