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Aeroviários retomam negociação na 2ª feira
Da Agência Brasil
25/12/2010 | 16:08
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Os aeroviários (funcionários das companhias aéreas que trabalham em terra) retomarão, na próxima segunda-feira (27), as negociações com o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) para rediscutir a proposta de reajuste salarial de 8%, apresentada esta semana pelos patrões. A informação foi dada neste sábado pelo presidente da Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil), Celso Klafke.

O secretário-geral do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), Marcelo Schmidt, adiantou, porém, que a proposta das empresas é insuficiente. "Não toca nos pisos (salariais), não trata de forma diferente os salários mais baixos, que são uma vergonha, de R$ 700, e também não atinge os dois dígitos, que são aquilo que a gente acha justo para essa repartição do bolo".

O pleito inicial de aeroviários e aeronautas (que trabalham embarcados) era de reajuste de 15%. O percentual foi flexibilizado posteriormente para 13%. As empresas, por sua vez, ofereceram aumento de 6,08%, o que representaria a correção da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), elevando a proposta, a seguir, para 6,5% e, agora, para 8%.

Schmidt avaliou, contudo, que os 8% oferecidos pelos patrões significam apenas o início da negociação. "A gente parte de um patamar ridículo para um patamar inicial de negociação". O SNA vai procurar os sindicatos de menor representatividade, com o intuito de convencê-los a não aceitar essa correção.

Os aeroviários vão continuar organizando manifestações nos aeroportos, dentro do movimento de mobilização da categoria. Eles obedecerão, entretanto, a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que limitou a paralisação a 20% do efetivo. "As movimentações de greve vão continuar normais, dentro daquilo que o TST fixou", assegurou Schmidt.

Segundo o secretário-geral do SNA, a decisão do TST é equivocada e tem a intenção de travar o movimento da categoria. "Depois que a gente cassar (a decisão do TST), a gente vai se preparar para a greve novamente", prometeu. Schmidt chamou a atenção para o fato de que, de cada 100 trabalhadores, "os 20 que ficam (nos piquetes) são massacrados pela chefia".

Marcelo Schmidt esclareceu que as empresas aéreas não têm um plano de carreira para os empregados, o que faz com que estes permaneçam, muitas vezes, mais de dez anos com o mesmo salário. "O que a gente quer é que se discuta a nossa pauta. E não, apenas, uma simples mudança de 6% para 8%", insistiu.




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