``O ELN convoca de maneira imediata a comissao humanitária (formada por personalidades colombianas e estrangeiras) a Monterrey para iniciar o processo de libertaçao ainda hoje', diz o comunicado lido pelo porta-voz do grupo guevarista, Francisco Galán.

A organizaçao rebelde, no entanto, ``se isenta de responsabilidade pelo que possa ocorrer' com as pessoas libertadas, pois, segundo Galán, em Bolívar estao operando ``militares e paramilitares'. O porta-voz referia-se a um confronto registrado quinta-feira, em Bolívar, entre os guerrilheiros do ELN e os paramilitares das Autodefesas Unidas da Colômbia (ACUC), o que frustrou a libertaçao de um grupo de passageiros.

As AUC admitiram na noite de quinta-feira que foram registrados esses combates, mas afirmaram que o Exército nao participou deles. O líder paramilitar Santander Lozada, por sua vez, indicou que cinco guerrilheiros do ELN moreram nesses combates.

Os guerrilheiros capturaram em 12 de abril passado os 41 ocupantes de um aviao Fokker-50 da companhia colombiana Avianca, desviado para Bolívar quando fazia a rota entre a cidade de Bucaramanga (414 km a nordeste) e Bogotá, mas durante a semana que se seguiu libertaram 16 passageiros.

Um dos passageiros seqüestrados, o engenheiro colombiano Carlos González (52 anos), morreu em cativeiro por causa de complicaçoes cardíacas, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelhas (CICR). Além dos passageiros do aviao, o ELN, a segunda guerrilha do país, mantém como reféns cerca de trinta pessoas seqüestradas em 30 de maio passado, em uma igreja católica da cidade de Cali (suroeste).