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Bush é contra muro na fronteira com México
Da AFP
28/03/2006 | 21:23
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A construção de um muro na fronteira de 3,2 mil km com o México é uma medida nada prática para deter a imigração ilegal, avaliou nesta terça-feira o presidente George W. Bush, dias antes de viajar para o México.

"Não é prático construir um muro ao longo da fronteira, mas também é realista dar aos nossos agentes da Patrulha Fronteiriça ferramentas para que façam seu trabalho para proteger a fronteira", disse Bush, em uma entrevista à CNN em espanhol.

O presidente voltou a defender uma reforma migratória ampla que conte com um programa de trabalhadores temporários e insistiu ser contra a legalização imediata dos cerca de 12 milhões de imigrantes clandestinos que vivem nos Estados Unidos, a maioria de origem hispânica.

A Comissão de Justiça do Senado aprovou na segunda-feira à noite um projeto de lei que prevê endurecer o controle fronteiriço sem erguer um muro, criar um programa de trabalhadores temporários como Bush deseja e legalizar os imigrantes ilegais que trabalharem, pagarem uma multa e seus impostos atrasados e aprenderem inglês.

Tanto os trabalhadores estrangeiros temporários como os sem documentação que já estão nos EUA poderiam dar entrada no pedido de cidadania depois de vários anos de residência legal permanente.

Em dezembro, a Câmara de Representantes aprovou um projeto de lei que endurece os controles fronteiriços, prevê construir um muro de 1.000 km na fronteira com o México, transforma os imigrantes ilegais em criminosos e penaliza quem os empregar ou ajudar.

"Eu não me darei por vencido. Estamos apenas começando o debate legislativo", advertiu Bush.

A versão do projeto que for aprovada pelo plenário do Senado deve ser conciliada depois com a da Câmara Baixa, lembrou.

"O trabalho é realmente tirar um projeto de lei do Senado e, eventualmente, da Câmara (Baixa) que eu possa firmar" e que contemple uma reforma migratória ampla, afirmou.

Bush viajará em 30 e 31 de março para o balneário de Cancún (leste do México) para se reunir com seu colega mexicano, Vicente Fox, e com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, com os quais discutirá temas migratórios e de segurança fronteiriça.




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