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Israel inaugura novo museu dedicado às vítimas do nazismo
Da AFP
15/03/2005 | 16:33
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Na presença de dezenas de dirigentes procedentes do mundo inteiro, Israel inaugurou nesta terça-feira em Jerusalém um novo museu dedicado aos seis milhões de judeus exterminados pelos nazistas.

O evento foi apresentado no Estado hebreu como o mais importante desde os funerais do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado por um extremista judeu em novembro de 1995.

O premiê israelense, Ariel Sharon, afirmou durante a solenidade, que Israel é "a prova de que não haverá mais Shoah". "Quando vocês sairem deste museu, verão o céu de Jerusalém. Sei o que um judeu sente ao respirar o ar de Jerusalém. Sente-se livre, em casa", enfatizou Sharon. "Ele sabe que Israel é o único lugar no mundo onde os judeus têm o direito de se defender, o que constitui para o seu povo a prova de que não haverá uma outra Shoah", prosseguiu.

O presidente de Israel, Moshe Katzav, havia anteriormente dado início à cerimônia de inauguração. "Desde a 'Shoah' (Holocausto) , o mundo está diferente. Os dirigentes do mundo inteiro têm hoje a responsabilidade histórica de impedir que aconteça novamente uma catástrofe", declarou Katzav, advertindo contra uma recrudescência do anti-semitismo "sem precedentes" desde a Segunda Guerra Mundial.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, destacou que a Shoah "ocupa um lugar único na história" e que "o genocídio sistemático de seis milhões de judeus foi o responsável pela proclamação universal dos direitos humanos".

"Este genocídio é o pior dos infernos que conheceu a humanidade, e queremos recordar hoje as pessoas que morreram e suas casas destruídas para que nunca seja esquecido, e também para que tais horrores nunca mais aconteçam no mundo", concluiu Annan.

Um esquema de segurança reforçado, com 1,5 mil policiais auxiliados por helicópteros, foi instalado para a ocasião, com várias ruas da cidade bloqueadas, o que provocou gigantescos engarrafamentos.

O museu Yad Vashem, o mais recente dedicado ao genocídio dos judeus no mundo e também o maior em tamanho, foi construído no monte Herzl, dentro do perímetro do memorial da Shoah, edificado em 1953 e inaugurado em 1957 para "marcar a ligação entre as vítimas e o estado hebreu".

Além de Annan, assistiram à inauguração mais de 40 dirigentes europeus, entre eles os presidentes Samuel Schmid (Confederação Suíça), Aleksander Kwasniewski (Polônia), e os primeiros-ministros Jean-Pierre Raffarin (França), Goran Persson (Suécia) Jan Peter Balkenende (Holanda), Guy Verhofstadt (Bélgica) e Anders Fogh Rasmussen (Dinamarca).




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