Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo em Nova York e em várias cidades da costa oeste dos Estados Unidos para expressar sua rejeição à guerra no Iraque e exigir a retirada das tropas americanas do país, um dia depois dos protestos em Washington e em outros pontos do país.

O grupo United for Peace and Justice, Unidos pela Paz e a Justiça, que se autodenomina a maior coalizão antibélica dos Estados Unidos, anunciou que entre 25.000 e 30.000 pessoas estiveram presentes à passeata em Nova York. A polícia não divulgou números.

Uma colorida mistura de estudantes, ciclistas, veteranos da guerra do Vietnã e músicos percorreu boa parte de Manhattan ao som de tambores, e em meio a cânticos e slogans como "Tropas fora, já", além de pedidos de julgamento político do presidente George W. Bush.

Podia-se ler nos cartazes "Joguem Bush, não bombas" e "Quatro anos foram muito".

"Este não é um obscuro movimento de esquerda. Esta é a nossa voz", disse o ator de Hollywood Tim Robbins, também conhecido por suas críticas à guerra no Iraque.

O objetor de consciência Jose Vasquez, um sargento do exército que se negou a ser enviado ao Iraque, disse que o movimento antibélico torna-se cada vez mais importante.

Também estão sendo organizadas manifestações em San Francisco (estado da Califórnia, oeste), Portland (Oregon, noroeste) e Seattle (Washington, noroeste).

Em Nova York, os manifestantes passaram em frente aos escritórios dos senadores Hillary Clinton e Charles Schumer, em Manhattan, para expressar sua rejeição ao "custo humano e econômico de quatro anos de guerra no Iraque".

"Dissemos a nossos representantes no Congresso que as tropas devem voltar agora, esta guerra de ocupação deve terminar", disse Leslie Kielson, representante em Nova York da organização Unidos pela Paz e a Justiça.