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Rivais põem destino no Paulista em jogo
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
14/02/2004 | 19:45
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O destino de São Paulo e Corinthians estará em jogo no clássico deste domingo, às 16h, no Morumbi. O Tricolor é líder do Grupo 1 com dez pontos e vai para campo com objetivo de manter a boa fase e ainda afundar um pouco mais o adversário na crise em que está mergulhado. O Corinthians, desorientado após a derrota para a Portuguesa no último domingo (1 a 0) e em sexto na classificação, com cinco pontos, vê no jogo a tábua de salvação, capaz de livrá-lo da crise e de dar ânimo para voltar à condição de favorito que tinha antes do início da competição. O fato concreto é que nenhum dos times será o mesmo após o apito final.

O primeiro objetivo dos jogadores do Corinthians hoje é livrar o técnico Juninho Fonseca de uma demissão, com o pescoço na forca desde a derrota do fim de semana passado e que ganhou sobrevida no cargo em função do clássico. Um novo resultado negativo e ele pegará o boné e seguirá em frente. Para complicar, o Timão não contará com o lateral-direito Rogério, o meia Rodrigo e os atacantes Marcelo Ramos, Rafael Silva e Gil, todos no departamento médico.

O São Paulo, em festa pela liderança do Grupo e pela vitória na estréia da Copa Libertadores da América, contra o Alianza Lima, leva para campo um favoritismo perigoso, daqueles que faz valer o tradicional e batido clichê usado pelos jogadores de que “clássico é clássico”.

Não bastasse a velha rivalidade e a situação antagônica dos clubes, os jogadores trataram de esquentar um pouco mais o clima do jogo por meio de declarações. O zagueiro Marquinhos admitiu que, no último encontro das equipes, no fim do último ano, simulou a falta que gerou a expulsão de Luís Fabiano. “Caí só porque a juíza estava olhando para mim no lance”, disse.

O atacante são-paulino, artilheiro do campeonato com sete gols, respondeu de bate-pronto. “Quanto mais me provocam, mais motivação tenho para fazer gols.”

Oportunidade – Se uns trocam farpas, outros preferem aproveitar o jogo para mostrar serviço. O jovem Dinelson, do Corinthians, tem consciência que o clássico pode ser um marco em sua carreira. “Jogar bem é o sonho de todo atleta. A vida muda muito com uma boa atuação”, disse o jogador – que, até a temporada passada, defendia o Guarani.

Pelo lado são-paulino, quem quer aproveitar a chance é Fábio Santos, 18 anos, que pela primeira vez será escalado para iniciar um clássico. “Em certas ocasiões, os torcedores acham mais importante vencer o Corinthians do que conquistar um título”, afirmou.




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