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Papa retorna à terra bíblica para unir religiosos
Das Agências
30/04/2001 | 16:51
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João Paulo II voltará neste sábado à terra bíblica, onde realizará um gesto relevante em favor do diálogo islâmico-católico. De 4 a 9 de maio, o Papa vai visitar Grécia e Malta.

O chefe da Igreja Católica entrará neste domingo, segundo dia de sua estadia na Síria, na grande mesquita dos Omeyas, onde vai orar ante a tumba de São João Batista, venerado pelos muçulmanos com o nome de profeta Yahya, antes de se reunir com os líderes muçulmanos.

João Paulo II também foi o primeiro Papa da história a entrar em uma sinagoga, em 1986 em Roma, e durante sua visita em março de 2000 à Terra Santa orou diante do muro das Lamentações, em Jerusalém.

O Papa realiza uma política de diálogo com outras igrejas cristãs, e também com as outras duas grandes religiões monoteístas, Judaísmo e Islamismo, apesar do abismo que as separam.

João Paulo II insiste na fé comum em "um Deus único, misericordioso, que julgará os homens no último dia".

O pontífice não deixou de multiplicar os pedidos de diálogo, sobretudo durante suas viagens aos países muçulmanos da África, apresentando-se como um homem de paz.

"Não podemos esquecer que a Terra Santa também é muito querida pelos crentes do Islã, que lhe rendem uma veneração especial. Espero que minha visita aos locais Santos também seja a oportunidade para me reunir com eles, para que aumentem os motivos de conhecimento e de estima recíprocos", escreveu em junho de 1999 em uma carta aos peregrinos do Jubileu 2000, na qual expressava seu desejo de rezar na terra bíblica.

Para o Vaticano, manter vivo o diálogo com o Islã é também uma questão de sobrevivência dos católicos do Oriente.

Estes últimos vivem espalhados em pequenas comunidades e estão em decadência numérica, e são marginalizados ou perseguidos por regimes teocráticos ou pelas guerras.




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