Política Titulo Obra particular
Para revisar contrapartida, base quer paralisar Aquapolo
Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
09/11/2011 | 07:45
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Por considerar irrisória a contrapartida pedida pela Prefeitura de Santo André à Aquapolo, que realiza obras na Avenida dos Estados, os vereadores Ailton Lima (PTB), Almir Cicote (PSB), Donizeti Pereira (PV), José de Araújo (PMDB) e Paulinho Serra (PSDB), a maioria ligada ao prefeito Aidan Ravin (PTB), protocolaram requerimento para que o Executivo paralise a intervenção e renegocie a compensação.

A obra, que tem causado série de transtornos, principalmente no trânsito, está em execução desde setembro de 2010 e prevê investimento de R$ 364 milhões. Apesar do montante, a contrapartida negociada pelo Paço gira em torno de R$ 2 milhões, ou seja, menos de 1% do custo da intervenção. A compensação para obras em Santo André, em média, fica em 15%.

No projeto está inclusa a construção de centro de assistência e promoção social, no bairro Alzira Franco, compra de terreno para erguer centro de proteção ao dependente químico, no Parque Miami, e arborização no Parque do Pedroso, além de recapeamento das pistas 3 e 4 da avenida em 14 quilômetros. "Para mim, a contrapartida é de R$ 1,3 milhão, o que dá 0,3%, pois o resto é obrigação da empresa", disse Araújo.

Ailton justificou que os vereadores foram surpreendidos ao obterem ciência da "ridícula contrapartida". "É muito baixa. A cidade está sendo lesada", disse o petebista, ao lembrar que, para empreendimento comercial na Avenida Industrial, a "Prefeitura requisitou valor semelhante, sendo que o impacto de vizinhança e de trânsito é bem menor".

Para o secretário de Gabinete da Prefeitura, Nilson Bonome, a suspensão da obra seria prejudicial aos munícipes. "Só faltam 30 dias para a conclusão, mas a administração não vai se recusar em fazer as tratativas", disse o secretário, acrescentando que o Paço não deve pensar só em obter lucro.




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