Política Titulo Após soltura
Militantes do PT e movimentos sociais já esperam por Lula em São Bernardo

Ex-presidente fará às 13h seu segundo discurso após ter sido solto; clima em frente ao Sindicado dos Metalúrgicos é de comemoração

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
Com agências
09/11/2019 | 10:13
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Junior Carvalho/DGABC


Militantes do PT (Partido dos Trabalhadores) e de movimentos sociais de esquerda já se concentram em grande número nos arredores do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará, por volta das 13h, seu segundo discurso após ter sido solto, ontem, da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Nesta sexta-feira (8), após deixar a prisão, o petista discursou por cerca de 15 minutos.

Aos poucos, caravanas de várias cidades de dentro e fora de São Paulo vão chegando ao local portando faixas e cartazes com dizeres da Campanha "Lula Livre", além de cantar  palavras de ordem como "Lula lá", trecho de um dos mais famosos jingles de campanha do PT, de 1989. Sobre o caminhão de som em que Lula fará seu discurso, os técnicos fazem os ajustes.

Ao contrário do clima tenso, de preocupação e apreensão, permeado de atos hostis contra a imprensa, que marcou os três dias que antecederam a prisão do maior líder petista, em 2018, hoje o ambiente é de festa. Os seguidores de Lula cantam, dançam, saúdam amigos que não viam desde a última concentração no Sindicato, antes de Lula ser preso.

Muitos ambulantes aproveitam o evento para fazer dinheiro e abastecem a multidão no local desde as primeiras horas deste sábado, com bebidas e espetinhos de churrasco. O policiamento é grande, mas os policiais também transitam com tranquilidade no local.

"Vim aqui hoje porque o Lula sempre foi, e é o melhor presidente do Brasil. Eles (STF) não fizeram mais do que cumprir a constituição. O Lula nunca deveria ter sido preso", disse a agente de cartório Selma Diniz, 45 anos, que saiu do bairro Santo Amaro, na Zona Sul da Capital para acompanhar o ato.

DECISÃO - O ex-presidente cumpriu  580 dias de pena acusado de corrupção e, em discurso do lado de fora da carceragem, ontem, agradeceu aos militantes da vigília em frente à cadeia e criticou o que denominou de “lado podre” da Justiça. Com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que barrou no dia anterior prisão em segunda instância, o líder petista obteve alvará de soltura no fim da tarde desta sexta-feira, saindo do local por volta das 17h40, mas resolveu pernoitar na capital paranaense. 

(com informações de Junior Carvalho)




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