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Sharon congela contatos com palestinos depois de ataque em Karni
Da AFP
14/01/2005 | 19:41
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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, cancelou até novo aviso todos os contatos com os palestinos depois do ataque contra a passagem de Karni, Faixa de Gaza, que custou a vida de seis israelenses. "O primeiro-ministro decidiu romper os contatos, e inclusive os relacionados à segurança, enquanto os palestinos nada fizerem contra o terrorismo", afirmou o assessor de Sharon, Assaf Shariv.

Sharon decidiu cortar todas as relações oficiais que haviam sido iniciadas depois da eleição de Mahmud Abbas, no domingo, à presidência da Autoridade Palestina. O conselheiro de Sharon, Raanan Gissin, destacou que o Exército estava com "as mãos livres para operações contra o terrorismo porque os dirigentes palestinos, apesar de possuírem 30 mil homens armados na Faixa de Gaza, não levantaram um dedo para impedir que os terroristas agissem e matassem israelenses".

O ministro palestino encarregado das negociações com Israel, Saëb Erakat, criticou a interrupção das relações entre os dois representantes, dizendo que o "melhor meio de relançar o processo de paz seria, justamente, retomar as conversações".

O ataque suicida, promovido por três extremistas palestinos, foi reivindicado por membros dos grupos Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa (vinculadas ao Fatah), Brigadas Ezzedin Al-Qassam (braço militar do Hamas) e Brigadas Salaheddin (braço armado do Comitê de Resistência Popular). Um dos dirigentes do Hamas, o principal movimento islâmico, Hassan Yussef, afirmou que o ataque não constitui "uma mensagem a Abbas, mas um ato de autodefesa contra a escalada de violência israelense e a política de assassinato e incursões".

Sharon telefonou terça-feira para Mahmud Abbas para cumprimentá-lo após sua vitória na eleição e os dois "haviam entrado no acordo para se reunir em breve", o encontro ocorreria, provavelmente, nas próximas duas semanas.




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