Os preços direta ou indiretamente administrados pelo governo (como os de combustíveis e tarifas) e os de alimentos foram os que mais contribuíram para a inflaçao de novembro. O grupo de transportes teve alta de 4,7% por conta do reajuste de 35,21% no preço do álcool no mês passado e de 4,77% no preço da gasolina. No ano, a gasolina já subiu 50,40%, o álcool 42,25% e o diesel 46,57%. Esses aumentos de combustíveis, que nao param de ocorrer há meses, deverao influenciar muito o custo de vida de janeiro, quando se discutem aumentos de passagens em transportes públicos.
No caso dos alimentos, a alta foi de 1,81%, puxada principalmente pela carne de frango (10,64% só em novembro), carne bovina (5,97%) e suína (5,94%). No ano a carne bovina, que mais peso tem no consumo do paulistano, ficou 29,76% mais cara. Os preços dos paes industrializados também contribuíram bastante já que tiveram reajuste de 6,12%.
O menor aumento do mês foi no grupo de educaçao e leitura (0,07%), mas a economista está bastante pessimista em relaçao desempenho em janeiro, por conta dos reajustes nas mensalidades escolares.
Oligopólios - Nao fossem os preços públicos e os olipolizados (como medicamentos e planos de saúde, nos quais a concorrência é incipiente), a inflaçao deste ano teria ficado em apenas 3,65%. Isso porque os chamados preços concorrenciais (alimentos, roupas, etc) cresceram este ano apenas 4,9% (contribuiçao de 3,65 ponto percentual no índice total), enquanto aos preços públicos aumentaram 20,72% (contribuiçao de 3,69 pontos percentuais) e os aligopolizados 17,21% (contribuiçao de 1,37 ponto na taxa total).
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.