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Atlético está confiante na conquista do Brasileiro
Do Diário do Grande ABC
01/12/1999 | 18:39
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O técnico exercício do Atlético-MG, Humberto Ramos, voltou, nesta quarta-feira, a comentar as semelhanças entre a campanha da atual equipe, que domingo faz o segundo jogo contra o Vitória, pelas semifinais do Brasileiro (mais um triunfo garante o alvinegro na final, sem a necessidade de um terceiro confronto), e a do time campeao nacional de 1971, quando ele era jogador. "Sao vários pontos comuns, a começar pelo fato de que, até chegar aqui, nao éramos favoritos no campeonato", disse.

"Em 1971, como agora, também corremos por fora e deixamos para trás grandes times como o Santos, o Palmeiras, o Cruzeiro, o Sao Paulo e Botafogo", acrescentou.

Embora nao se considere supersticioso, Ramos lembrou mais um fato interessante. "Na campanha do primeiro Brasileiro, tínhamos um grande líder em campo, que era o Oldair; nesta quarta-feira, vejo muitas semelhanças entre ele e o meia Gallo, que me ajuda muito e coordena o time no gramado", afirmou o treinador, que, na conquista do primeiro e único título braileiro do Atlético, atuava na intermediária, ao lado de Oldair.

Outras duas curiosidades estao na comissao técnica atleticana. O preparador físico de hoje, Marcelo Luchesi, é filho do ex-goleiro Mussula; em 1971, o cargo era ocupado por Roberto, filho do também goleiro Kafunga. O treinador da equipe naquele ano era Telê Santana, que assumiu o time por ser amigo da direitoria. Telê ainda nao era experiente, embora, antes de retornar a Belo Horizonte, tivesse comandado o juvenil e o time principal do Fluminense.

Ramos admite que sua trajetória é semelhante à de Telê, técnico que, hoje, considera como ídolo. Ex-supervisor de futebol do Atlético, e sem nunca ter atuado como treinador, ele foi indicado para o cargo de improviso, no lugar do demitido Dario Pereyra. Recebeu a incumbência diretamente do presidente Nélio Brant, de quem é amigo de longa data. Passado menos de um mês, contabiliza 100% de sucesso na funçao, em quatro jogos disputados, quatro vitórias.

Segundo Ramos, haveria a possibilidade, por fim, de mais uma coincidência entre o Brasileiro atual e o de 28 anos atrás, caso o time passasse à final. "Em 1971, o título foi decidido por dois alvinegros, nós e o Botafogo, e este ano a final poderia ser, de novo, entre clubes de preto e branco: Atlético e Corinthians", brincou.

"Mas todas essas coisas sao especulaçao e o que nos cabe é continuar com a mesma garra e determinaçao dos últimos jogos, para tentar chegar ao bicampeonato".

Coletivo - Deixando de lado as superstiçoes, Humberto Ramos comandou à tarde, no estádio Independência, o primeiro coletivo da equipe na semana. O atacante Marques, com uma contratura na coxa esquerda, foi poupado e continua sendo a principal dúvida do técnico para a partida de domingo. Caso nao esteja em condiçoes de jogo (o que só deve ser definido "na última hora", segundo Ramos) Adriano será o substituto.

O zagueiro Galván, que reclamou dores no ombro, deve estar recuperado a tempo, segundo os médicos. As torcidas organizadas do Atlético querem levar pelo menos duas mil pessoas a Salvador, para assistir ao jogo, e começaram nesta quarta-feira mesmo a vender pacotes para os interessados.




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