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Delegado nega exumação do corpo de Cássia Eller
Do Diário OnLine
26/01/2002 | 16:12
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O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, negou neste sábado que o corpo da cantora Cássia Eller será exumado. A medida seria tomada por causa dos primeiros resultados de exames toxicológicos realizados pelo Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, que não encontraram drogas ou álcool no sangue, nas vísceras ou na urina da cantora. A polícia considerou que o resultado contradiz os depoimentos prestados até agora.

Segundo a companheira de Cássia, Maria Eugênia, a cantora não estava sabendo lidar com bebidas alcoólicas: bastavam duas cervejas para que ela mudasse de comportamento. Elaine Moreira, a Lan Lan, percussionista da banda, disse que ouviu Cássia dizendo aos médicos que havia ingerido um grama de cocaína. Em depoimento, ela também disse que percebeu uma secreção branca no nariz da cantora, o que fez com que suspeitassem que ela teria inalado cocaína.

Lins afirmou que os policiais juntarão todos os laudos e depoimentos para investigar os procedimentos adotados pela equipe médica que atendeu Cássia na clínica de Saúde Santa Maria, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, inclusive quais remédios ela ingeriu.

O perito Nelson Massini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que há a possibilidade de a parada cardíaca ter sido provocada por alguma substância do medicamento Plasil, usado contra enjôo. "Tenho indicações de outras mortes com a utilização dessa substância química", disse Massini. Lan Lan confirmou que a cantora tomou Plasil na clínica.

Outra substância que pode ter causado complicações ao quadro de Cássia é a xilocaína. A irmã de Cássia Eller informou neste sábado que a cantora era alérgica à substância, anestésico usado pelos médicos da clínica Santa Maria, em Laranjeiras, na tentativa de reanimá-la após as paradas cardíacas.




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