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Provedores irao se unir para reduzir taxas de acesso à Internet
Do Diário do Grande ABC
07/02/2000 | 16:05
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Os provedores de acesso à Internet já têm uma resposta para a investida iniciada pelos bancos e também adotada pelos grandes grupos de oferecer acesso gratuito à rede. Eles estao juntando e, em bloco, vao negociar com as operadoras de telefonia tarifas de acesso mais baratas, o que irá beneficiar os assinantes de seus serviços, que terao seus custos reduzidos.

A informaçao foi dada pelo vice-presidente da Associaçao Brasileira dos Provedores de Internet do Rio de Janeiro (Abranet-RJ), Cláudio de Sá Abreu. Caso a iniciativa tenha êxito, a tendência será repassar os ganhos para os usuários que pagam para ter acesso à rede. ``Estamos, através da Abranet, buscando viabilizar acordos operacionais visando a reduçao de custo dos acessos, e já temos reunioes agendadas com as operadoras para os próximos dias, informou o vice-presidente da Abranet.

A estratégia é simples e certeira. Negociando em bloco, os provedores ganham maior poder de barganha junto às operadoras, podendo, desta forma, obter preços mais vantajosos em razao da maior escala. ``Atuando de forma independente, os custos de acesso sao elevados e nos retiram competitividade. Em bloco, podemos obter preços mais vantajosos para nós e nossos assinantes, disse Abreu, da PCShop-Vialink, provedora de acesso à Web.

Ele garante que a oferta do acesso gratuito à Internet ainda nao conseguiu afetar significativamente a carteira de assinantes dos provedores, apesar do impacto inicial da medida, que levou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a realizar, em fins do mês passado, dois fóruns virtuais para debater o problema.

De acordo com o vice-presidente da Abranet-RJ, a maioria dos pequenos provedores teve perdas que, porém, nao foram significativas. ``Os pigs da vida ainda nao conseguiram afetar a carteira da gente', afirmou, referindo-se ao apelido com que sao conhecidos os grandes provedores de acesso gratuito à rede. ``O efeito está sendo mais lento do que eles esperavam. Além disso, muita gente que, no primeiro momento, se deslocou para esses provedores, por ser de graça, está voltando para os seus antigos provedores, em razao da qualidade do serviço', garante Abreu.

A explicaçao, segundo ele, decorre do fato de que como a demanda pelo acesso gratuito foi muito alta, esses provedores estao sendo obrigados a estreitar a banda de transmissao, tornando a conexao muito lenta. Com o acordo de operar em bloco, os pequenos e médios provedores, que cobram pelos seus serviços, esperam poder ter preços mais competitivos e, com isso, investir na melhoria da qualidade. ``De que adianta o acesso gratuito se o usuário levar horas para conseguir uma simples navegaçao?'.




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