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Vereador questiona aluguel de brinquedos
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
14/03/2010 | 08:25
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), sofre com fogo amigo. O vereador Saulo Benevides, de seu partido, entrou com representação no MP (Ministério Público) questionando aluguel de brinquedos infláveis. Segundo o parlamentar, o preço pago pela administração - R$ 77,8 mil - foi acima do mercado, no momento em que a cidade "carece de outras prioridades, como infraestrutura básica".

Saulo avalia que "houve equívoco" na contratação por licitação da empresa Richard T. Brinquedos, que concedeu atrações para o Projeto Verão, realizado pelo Executivo em janeiro.

Durante 23 dias, seis estruturas infláveis estiveram à disposição da população. "Por dia de locação foi despendido montante de R$ 3.400. É revoltante, absurdo e imoral", discorre o vereador na ação, ao ressaltar que fez levantamento em empresas do ramo que cobraram a metade do valor, mas ele não mostrou o balanço.

"As cotações estão anexadas à representação do Ministério Público", informa o parlamentar, que pede no processo investigação e, "após comprovada a existência das irregularidades", que o chefe do Executivo devolva "o dinheiro gasto restituído aos cofres públicos e os eventuais responsáveis pelo ocorrido devidamente punidos na forma da lei".

O parlamentar argumenta que Clóvis Volpi infringiu o artigo 37 da Constituição Federal, o qual rege sobre o princípio da eficiência. "Os cidadãos de bem deste município mereciam no mínimo melhor planejamento quanto ao emprego da verba pública."

"A cidade carece de outras prioridades, como, por exemplo, infraestrutura básica à população extremamente castigada em decorrência das calamidades ocasionadas pelas chuvas ocorridas em janeiro. Acredito que houve equívoco por parte do poder público municipal ao celebrar o contrato mencionado. O momento é totalmente inadequado", completa o vereador, que rompeu com o prefeito no início de 2009, por divergências políticas - ventila-se que Saulo não teve apoio de Volpi para a presidência da Câmara.

OUTRO LADO

O chefe do Executivo, por sua vez, se diz tranquilo sobre a contratação dos brinquedos. O verde afirma que não houve qualquer irregularidade, assim como ocorreu em anos anteriores.

"Ele está querendo criar factóide político contra mim. Se o Ministério Público solicitar documentos eu entrego sem problemas", rebate Clóvis Volpi.

O prefeito desafia o parlamentar a fazer indicação para acabar com o projeto, que é prestigiado pela população. "Ou então proponha outras medidas para melhor atender os munícipes."




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