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Lula reclama de subsídios de países ricos à agricultura
Do Diário OnLine
Com Agencias
13/07/2005 | 11:55
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta quarta-feira o evento "Brasil: Ator Global", na Universidade de Sorbonne, em Paris. Em sua palestra ele pediu que os países ricos se esforcem na construção de um comércio internacional mais justo e no combate à fome e à pobreza mundiais.

Para Lula, os subsídios agrícolas, concedidos em especial pelas nações mais ricas, é um dos fatores que permite a perpetuação da fome no mundo. "Não é humano e racional que uma vaca tenha um subsídio superior à renda individual de centenas de milhões de homens e mulheres espalhados pelo mundo".

De acordo com Lula, estudo do Banco Mundial constatou que a liberalização do comércio agrícola significaria um faturamento extra global de US$ 200 bilhões, que poderia retirar mais de 500 milhões de pessoas da linha de pobreza.

"O Brasil quer que sua voz seja cada vez mais ouvida no plano internacional, mas queremos também ouvir as vozes de outros países para identificar interesses comuns, intensificar o diálogo e a cooperação", acrescentou.

Haiti- O presidente conclamou a comunidade internacional a ajudar no processo de recuperação do Haiti. Sob o comando do Brasil, 6 mil militares integram a força de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no país da América Central.

Lula pediu ainda atenção ao continente africano. "Está na hora de todos nós fazermos um sacrifício para dar oportunidade à África de se desenvolver". O presidente também defendeu a reforma da ONU: "ser democrata é acreditar que todos têm direito de ser atores. E que nem sempre a razão do mais forte é a mais forte das razões".

Agenda- Nesta quarta-feira Lula participa ainda de almoço com empresários brasileiros e franceses no restaurante Le Pré Catelan. Na ocasião, o empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, será condecorado pelo governo da França com a medalha Legion d’Honneur.

No fim da tarde, Lula vai à sede do Conselho Econômico e Social, onde faz palestra no encerramento do Foro Franco-brasileiro da Sociedade Civil. O evento, que integra a programação do Ano do Brasil na França, discute os modelos de agricultura familiar e de desenvolvimento rural sustentável, o direito à cidade e a função social da cidade, o papel da economia solidária em prol da segurança e soberania alimentar e os novos mecanismos de financiamento do desenvolvimento e a diplomacia não-governamental.

O presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), Chico Menezes, participou terça-feira da abertura dos trabalhos. A partir das 19h, o presidente brasileiro encontra-se com o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë; participa de recepção na prefeitura parisiense e de jantar oferecido por Delanoë no mesmo local. Logo depois, Lula segue para a Praça da Bastilha. Às 22h, assiste à apresentação de artistas brasileiros e franceses durante o Baile da Cidade, um dos eventos comemorativos da Data Nacional Francesa, a ser celebrada na quinta-feira.




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