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Estrangeiros adotam o Brasil fora das quadras
Do Diário do Grande ABC
16/02/2000 | 18:27
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Muitos dos estrangeiros que vêm para o basquete brasileiro nao adotam apenas as quadras. Grande parte fixa raízes no Brasil após jogar por várias temporadas no país. É comum o casamento com uma brasileira, ter filhos e desenvolver uma carreira em um basquete competitivo e, ao mesmo tempo, acolhedor. "Em muitos países, os jogadores sao tratados como mercadoria", afirma o técnico Guerrinha, do Tilibra/Copimax, de Bauru. "Aqui, os clubes têm mais paciência para que haja uma adaptaçao ao país e à cultura."

Nos últimos 12 anos, a Confederaçao Brasileira de Basquete (CBB) registra a presença de pelo menos 20 estrangeiros, 19 deles norte-americanos, que atuaram ou ainda atuam no país. O lateral Ernest Paterson, de Bauru, está entre os estrangeiros com mais tempo de atividade no Brasil. Paterson, de 39 anos, veio de Houston, Texas, convidado pelo técnico Ary Vidal, em 1987, para jogar no Sírio. Passou por Joinville e Palmeiras antes de mudar-se para Bauru. Casou com uma brasileira e fixou residência no país.

"Fui ficando, hoje gosto do Brasil, tenho amizades, casei e continuo jogando basquete, a combinaçao ideal", afirma Paterson que participa, inclusive, de um trabalho social ligado a crianças e a igreja.

"Eles encontram um ambiente favorável para ficar", justifica o técnico da seleçao brasileira e do Vasco, Hélio Rubens. "A maioria tem bom nível técnico e isso também ajuda o basquete."

Dentre os melhores estrangeiros no país está também o lateral Jeffty Connely, do Valtra/Mogi, que chegou em 1992 e casou com a jogadora de vôlei Ana Paula - já está separado.

Entre os mais bem pagos estao os estrangeiros do Vasco: o pivô dominicano Vargas, que também casou-se com uma brasileira e tem, inclusive, uma fazenda em Minas, e o armador Charles Byrd, de 34 anos e 1,85 m, considerado um dos mais talentosos estrangeiros em atividade no Brasil - comenta-se que Byrd ganha algo entre US$ 20 mil e US$ 30 mil por mês.

Byrd trabalhou em um frigorífico de Amarillo, no Texas, e nao encontrou vaga em times da NBA ou da CBA (a segunda liga profissional norte-americana), depois de terminar o curso de Educaçao Física na West Texas University.




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