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Secretário da Fifa admite meia-entrada na Copa
Das Agências
09/11/2011 | 07:31
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O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, esteve ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, para discutir a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014. O dirigente tratou de vários assuntos, mas não deixou de criticar o trânsito de São Paulo, cobrar agilidade nas obras dos estádio e definir as regras para a venda de meia-entrada nas partidas do Mundial para estudantes e idosos.

A mobilidade urbana é um dos assuntos que mais preocupam Valcke. "Dirigir em São Paulo, ir de um lado a outro, é um pesadelo. Sair do aeroporto (Internacional de Guarulhos) leva meio dia. Isso não poderá ocorrer durante a Copa do Mundo", criticou.

O calendário de obras dos estádios também tem tirado o dirigente do sério. "Estamos atrasados, não podemos perder um dia mais", comentou ele, mostrando preocupação com a Copa das Confederações, em 2013. "Será, sem nenhuma dúvida, um grande teste para todos. Mas será tarde demais para fazer qualquer mudança fundamental, por isso é importante planejar desde já e acelerar os trabalhos", sugeriu.

Entre os assuntos colocados em pauta ontem, na Câmara dos Deputados, o mais importante foi a definição das regras para venda de meia-entrada. Valcke admitiu não ser favorável à ideia, mas admitiu a criação de categoria especial que possibilitaria a venda de ingressos com desconto. Em cada partida, exceto a de abertura, será disponibilizado 12% da carga total de ingressos para estudantes e outros 12% para idosos, no valor de US$ 25 (equivalente a R$ 43).

"Não queremos mexer na lei nacional (que garante meia-entrada aos idosos). Dissemos à presidente (Dilma Rousseff) que temos um problema técnico, não financeiro. Em vez de haver diferentes grupos com direito a meia-entrada, propus que implantemos uma categoria especial, reservada apenas para os brasileiros. Trabalharemos com o governo para assegurar, inclusive, acesso a estudantes dentro dessa categoria", comentou Valcke.

Os ingressos da Copa do Mundo são bens valiosos e muito caros. O receio do dirigente é que possa haver falsificação com a liberação de meia-entradas de forma deliberada.

"Os estudantes compram meia-entrada com uma identificação que é apresentada na hora da retirada. E nós imprimimos nossos ingressos pouco antes dos jogos, por questões de segurança. Mas estamos trabalhando com o governo brasileiro para chegarmos a um acordo sobre isso", afirmou o secretário.




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