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Protesto contra Israel leva cerca de mil pessoas à Praça da Sé
Da Agência Brasil
21/07/2006 | 19:04
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Uma manifestação na Praça da Sé, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira, reuniu centenas de pessoas em protesto contra os bombardeios de Israel no Líbano. Com camisas ilustradas com fotos dos bombardeios, bandeiras libanesas e muitas faixas de protesto, os manifestantes gritavam “Fora, Israel” e pediam o fim das relações comerciais do Mercosul com o governo israelense. Segundo a Polícia Militar, havia entre 900 e mil pessoas no ato, enquanto os organizadores calcularam em 1,5 mil o número de participantes.

“O que estamos fazendo hoje é passar a nossa voz para o mundo inteiro", disse o xeque Kamal Yahya, da mesquita paulista de Santo Amaro, durante o ato público. "Estamos chamando os brasileiros para conhecer a nossa guerra. Precisamos do Brasil, que ele ajude a Palestina e o Líbano e que ajude a parar essa guerra.”

Os bombardeios de Israel ao Líbano, desde o dia 12, mataram mais de 300 pessoas, entre elas sete brasileiros. “Esse massacre na Palestina e no Líbano não pode continuar. Esse é um ataque covarde, do quarto maior exército do mundo, contra uma população totalmente indefesa”, protestou o professor Hugo Monteiro, do Departamento de Bioquímica da Escola Paulista de Medicina e membro do Instituto de Cultura Árabe.

O instituto é uma das entidades criadoras do Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes, que planejou a manifestação desta tarde em São Paulo e em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasília. Também fazem parte do comitê o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade entre os Povos e Luta pela Paz), a Copal (Confederação Árabe-Palestina do Brasil), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Fearab (Federação de Entidades Árabe-Brasileiras), entre outros.

Em entrevista à imprensa durante a manifestação, o secretário-geral da Liga Parlamentar Árabe-Brasileira, Jamil Murad, fez elogios à postura do governo no conflito: “O governo brasileiro tem tomados medidas corajosas. Ele promoveu encontro de países da América do Sul e países árabes, contra a vontade de Israel e dos Estados Unidos. Agora ele está indignado com os ataques de Israel contra o Líbano. São posições corajosas, soberanas, independentes, que não se submetem às posições norte-americanas”.

Na quinta-feira, durante a 30ª reunião do Conselho do Mercosul na Argentina, a comissão técnica de Relações Exteriores no Mercosul rejeitou a proposta que previa a criação de um tratado de livre-comércio com Israel.



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