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Tribunal dos EUA declara Merck culpada do caso Vioxx
Da AFP
17/08/2006 | 19:27
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O grupo farmacêutico americano Merck foi declarado culpado de negligência nesta quinta-feira por um júri federal de Nova Orleans, sul dos Estados Unidos, por não ter informado de forma suficiente sobre os riscos vinculados ao uso de seu antiinflamatório Vioxx.

O grupo anunciou, em comunicado, que apelará da sentença, em um processo apresentado por um homem de 62 anos, vítima de uma crise cardíaca em 2002 depois de tomar Vioxx durante 33 meses. "As conclusões (do júri) e o valor dos danos são totalmente inadequados para este expediente, já que o Merck agiu com propriedade, dando informação às comunidades médicas, científicas e de regulamentação", defendeu-se o laboratório em comunicado, sem mencionar a cifra reivindicada.

Segundo a imprensa americana, o júri federal impôs ao Merck o pagamento de US$ 51 milhões por danos compensatórios ao demandante, Gerald Barnett, um aposentado da polícia federal americana (FBI). No escândalo, que valeu ao Merck 14 mil processos judiciais, esta é a primeira vez que um júri se pronuncia a favor de um demandante que não morreu ou ficou inválido em conseqüência do uso do antiinflamatório, destacou o jornal The Wall Street Journal em sua versão eletrônica.

O Merck retirou o Vioxx do mercado em setembro de 2004, depois da publicação de um estudo interno que demonstrava que o uso deste medicamento dobrava os riscos de acidente cardíaco depois de pelo menos 18 meses de tratamento.

Até agora o Merck ganhou cinco dos nove julgamentos celebrados e recorreu nos casos em que foi condenado.




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