O ministro da Cultura, Juca Ferreira, atacou a imprensa, dizendo que os jornalistas "são pagos para mentir". A reação ocorreu em anúncio do Procult (Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura), pelo qual será destinado R$ 1 bilhão para projetos culturais, até 2012.

Os representantes do setor que foram à sede do BNDES prestigiar a iniciativa se depararam com outra discussão: a impressão, pelo Ministério da Cultura, de panfleto dirigido a eleitores, com lista de mais de 300 parlamentares que votam favoravelmente às iniciativas da Pasta.

Logo depois do anúncio, o ministro foi questionado sobre o folheto, mas respondeu que preferia falar sobre o Procult. Quando os repórteres insistiram, Ferreira, que no dia anterior negou que o panfleto tinha sido impresso pelo Ministério, esclareceu que se tratava de lista com nomes de vários partidos, não apenas da base aliada.

Irritado com as perguntas, o ministro disse que foi desrespeitado pela imprensa na cobertura do caso do panfleto, ressaltando que sua reação foi normal. "Meu pinto, meu coração, meu estômago e meu cérebro é uma linha só. Não sou um cara fragmentado, entendeu? Fui desrespeitado pela imprensa, que reverberou sem investigar, e por dois ou três parlamentares. É um trabalho suprapartidário. A cultura é muito mais ampla do que a política."