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Dia do trabalho em São Bernardo atrai 20 mil
Emerson Coelho e Soraia Abreu Pedrozo
02/05/2009 | 07:45
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A comemoração do 1º de maio no Paço Municipal de São Bernardo foi bem democrática. Reuniu não apenas trabalhadores, mas aposentados, famílias e adolescentes. Foram atraídas cerca de 20 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. A organização do evento previa um público de 50 mil pessoas.

A festa, promovida pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) Regional, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, começou às 11 horas com a apresentação da Orquestra Jazz Sinfônica de Diadema. De acordo com Arthur Henrique, presidente da CUT nacional, afirmou que foram investidos R$ 500 mil nas comemorações deste ano. Ao todo, no Estado de São Paulo, foram nove eventos. "A ideia é descentralizar os atos para atingir um número maior de pessoas", salientou.

Outros artistas, como Che Guevara MPB, FP5, Recital, Grupo Koema e Felipe Raniel animaram a programação do evento até às 15h, quando subiu ao palco a banda O Teatro Mágico. Em seguida se apresentaram The Fevers, Zé Geraldo, Leci Brandão e por último Jorge Ben Jor.

Uma das atrações que mais chamou a atenção do público foi o Teatro Mágico, que com uma apresentação circense mobilizou centenas de jovens que faziam coro às canções.

Segundo o capitão da PM, Juan Molino, do 6º Batalhão, que comandava um efetivo de 138 policiais no local, nenhum incidente ocorreu durante o evento. "Felizmente não houve confusão, nem mesmo alguém que tenha passado mal, o público veio aproveitar o feriado tranquilamente". 

A segurança durante o evento também era mantida por 100 seguranças particulares, 40 guardas civis municipais e 10 bombeiros.

O metalúrgico da Mercedes-Benz, José Maria Pedrosa Mesquita, de 46 anos, foi comemorar o dia do trabalho acompanhado da filha. "Acho que devemos refletir sobre essa importante data para o trabalhador. Todos os anos venho nessa comemoração aqui no Paço", comentou.

Também muito animada com os festejos, a cabeleireira Maria Lúcia Silva Sentinela, 50, estava acompanhada do marido. "Esse é o terceiro primeiro de maio que acompanho, venho aqui para assistir aos shows", disse.

Política - Um ato político também marcou o evento com a presença de algumas autoridades que se pronunciaram durante a comemoração. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, disse que a crise mundial afetou mais as exportações das empresas do que o mercado interno. "O Brasil está reagindo bem e deve continuar assim para que o bem mais importante do trabalhador, que é o emprego, esteja garantido", afirmou.

O dirigente da executiva nacional da CUT, José Lopes Feijó, afirmou que turbulências são sempre um fator de preocupação, "Já passei por muitas crises, mas estou surpreso pois, mesmo esta sendo a maior crise dos últimos 100 anos, os efeitos não são os mais graves. Em dezembro de 2002 o Brasil quebrou e a taxa de desemprego atingiu 17%. Hoje, ela alcança 9%". Para Feijó, ainda, sempre que se fala na turbulência a culpa é do governo federal. Mas faltam ações dos governos estaduais.

Na avaliação do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, os trabalhadores têm consciência de que o Brasil está conseguindo tomar medidas rápidas e eficazes contra a crise. "Embora o município tenha registrado perda de 10% da receita no 1º trimestre, a indústria automobilística voltou a reagir e São Bernardo vai acompanhar o crescimento do País".




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