Grupos de piqueteiros foram às ruas de Buenos Aires, na Argentina, nesta segunda-feira em repúdio à visita ao país do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que participará nos dias 4 e 5 de novembro da IV Cúpula das Américas. "Senhor Bush: esta é a cultura que nos promete?", dizia um dos cartéis da manifestação, que mostrava ainda um soldado armado. Outro cartaz, mais direto, ordenava: "W go home" (W, vá para casa).

Dezenas de manifestantes impediram o trânsito na Ponte Pueyrredón, um dos acessos a Buenos Aires pelo sul, enquanto outros grupos protestavam nas localidades de Moreno, La Matanza e Bernal. Entre os organizadores dos protestos está o MTL (Movimento Territorial de Libertação), a Coordenadoria Unidade de Bairros, o grupo Quebracho e o movimento Santucho. Os manifestantes classificaram Bush como "o maior genocida da humanidade, a quem não haverá descanso nem agora nem quando deixar nosso país".

A polícia federal argentina pôs em prática em Buenos Aires, até o fim da cúpula do próximo sábado, um dispositivo de segurança reforçado para proteção de empresas e entidades americanas. Entre os locais mais vigiados, além da embaixada dos Estados Unidos, estão o Clube Americano, os bancos Citibank, HSBC e Boston, filiais do McDonald's e Burger King e a empresa de aluguel de vídeos Blockbuster. Foi reforçada também a vigilância policial em terminais de ônibus, trem e metrô.