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Região tem projetos para dar fim às baterias
Raymundo de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
14/07/2001 | 17:09
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Prefeituras da região preparam projetos para coleta seletiva de baterias de telefone celular e de pilhas. A resolução 257 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), publicada há dois anos, proíbe o descarte em lixo e o armazenamento em aterros sanitários de pilhas e baterias que contenham metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio. Até que os projetos sejam concluídos, e os programas de coleta implementados pelos municípios, as baterias e pilhas que forem jogadas no lixo pelos usuários da região continuarão a ser encaminhadas para os aterros de Santo André ou de Mauá.

Em Santo André, segundo informações da assessoria de imprensa do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), a cidade terá em breve um regulamento para seguir as resoluções do Conama para disciplinar o descarte e o gerenciamento ambiental adequado de pilhas e baterias usadas. Em Ribeirão Pires e Diadema, as administrações municipais também preparam uma forma de regulamentação para o descarte das pilhas e baterias. A resolução 257 deve e ser feita pelos governos estaduais. O único Estado que já regulamentou o assunto até o momento foi o Rio Grande do Sul.

Segundo a assessoria de imprensa de Diadema, até outubro deve ser encaminhado à Câmara projeto do Executivo que discipline a coleta de pilhas e baterias no município. A minuta está sendo elaborada e deverá fixar normas de como as empresas fabricantes deverão proceder para recolher os produtos na cidade. Em Ribeirão Pires, a intenção é criar postos de coleta de resíduos neste semestre. Segundo o assessor da Secretaria de Meio Ambiente, Marcos Pellegrini Bandini, a previsão é investir entre R$ 250 mil e R$ 300 mil no programa. Os gastos prevêem a construção de uma usina de reciclagem (cerca de R$ 100 mil) e postos de coleta para entulhos provenientes da construção civil e de lixo doméstico. Nos demais municípios, não existem políticas sobre o assunto.

Para o ambientalista Marcos Bocuhy, falta agilidade por parte do governo estadual na regulamentação da resolução 257 e a responsabilização dos fabricantes na coleta e reciclagem das pilhas e baterias. “Em países como a Alemanha já é hábito dos consumidores levar a bateria de celular usada e entregar na loja no momento da compra de uma nova.”

Na região, a BCP recolhe baterias somente em sua loja localizada no Shopping ABC, em Santo André. Segundo a gerente Clélia Rosali, são também aceitas baterias da Telesp Celular. “Recolhemos de 200 a 300 baterias por mês. É um número significante porque a prática é pouco divulgada. Todo o material retido na loja é encaminhado para os fornecedores”, afirmou.

Segundo o diretor de marketing da Ericsson, Aldo Moio, a empresa deixou de usar baterias feitas à base de cádmio desde meados da década passada. Moio afirma que a Ericsson possui cerca de 140 postos de coleta de baterias usadas no Brasil. As baterias coletadas são encaminhadas para a fábrica da empresa em São José dos Campos (SP).

Colaborou Ana Macchi




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