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Palestinos e israelenses terão novos encontros
Das Agências
31/05/2001 | 11:16
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Israel anunciou nesta quinta-feira novas reuniões de segurança com os palestinos, usando, no entanto, um tom de ameaça, no momento em que a violência continua nos territórios de Cisjordânia e Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou, em conversa telefônica com o secretário de Estado americano, Colin Powell, nesta quarta-feira, que a situação criada pela persistência do terrorismo transformou-se em algo inaceitável para Israel. Não poderemos continuar por muito mais tempo assim".

Já os palestinos indicaram em um comunicado ter exigido aos seus interlocutores "aliviar o sofrimento" da população palestina, sobretudo levantando o bloqueio, reabrindo o aeroporto de Gaza e permitindo o retorno da mão-de-obra palestina a Israel.

A violência na região continua: um israelense que havia sido ferido a tiros por palestinos na Cisjordânia morreu nesta quinta-feira, informou um porta-voz do exército de Israel. A vítima dirigia seu automóvel, quando foi ultrapassada por outro veículo, que atacou.

Os colonos marcaram uma manifestação em frente aos escritórios da presidência do Conselho, em Jerusalém, com o lema "Temos Que Derrotar Arafat". "Devemos penetrar no setor palestino e destruir em 48 horas os depósitos de armas e a infra-estrutura das organizações terroristas", declarou Avigdor Lieberman, dirigente do partido de língua russa e extrema-direita Israel Beitenu (quatro legisladores).

"Temos que destruir a Autoridade Palestina militarmente. Os responsáveis pelos assassinatos de israelenses são organizações como a Força-17, o Tanzim e a polícia, que dependem diretamente da Autoridade Palestina, assim como Hamas e Jihad Islâmica, que se expressam livremente nos meios oficiais palestinos", acrescentou.

Lieberman precisou que o desmantelamento da Autoridade Palestina deveria ter como objetivo criar quatro cantões diferentes nos territórios palestinos, com os quais Israel iniciaria negociações em breve.

O ministro israelense de Urbanismo, Nathan Charansky, fez uma ameaça de guerra contra o líder palestino, se o terrorismo não acabar. A declaração foi publicada hoje no jornal The Jerusalem Post. "Se Arafat não acabar com a violência, iremos à guerra. Creio que temos feito grandes esforços durante muitos anos, para transformar Arafat em sócio. Creio que agora estamos no fim do caminho", declarou. Charansky dirige o partido de língua russa de direita Israel B'Alya, próximo aos colonos judeus de Cisjordânia e Gaza.




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