“O PSDB não governa improvisando, odiando e adiando”, afirmou o candidato, retomando o discurso em direção ao PT. Ele prometeu fazer um “saneamento financeiro” na Prefeitura. “A atual administração, no plano econômico-financeiro, se caracterizou por arrecadar muito, gastar muito e fazer pouco em relação àquilo que arrecadou”, disse.
Insistindo nas críticas à gestão Marta, ele prometeu: “Vamos fazer saneamento não apenas de água, esgoto e enchentes, vamos acabar com o empreguismo porque só de contratação de assessores especiais aumentou-se o orçamento em R$ 100 milhões, só de publicidade mais de R$ 160 milhões”. Serra anotou: “Não estou dizendo que está sobrando dinheiro, mas há margem para enxugar, revisar custos, revisar preços e vamos fazer isso se ganharmos, vamos recuperar a cidade financeiramente”.
A festa para Serra ocorreu no pátio de estacionamento da Assembléia Legislativa. Na carroceria de um Mercedão azul 1315, que lhe serviu de palanque, o candidato convocou a militância para mobilizar “mente e alma”. Disse que está “otimista e confiante”. Estavam lá para aplaudi-lo o governador Geraldo Alckmin, o vice ClÁudio Lembo, o senador Marco Maciel (PFL-PE), o ex-ministro da Educação Paulo Renato.
Também estava no caminhão o vice de Serra, Gilberto Kassab, primeiro-secretário nacional do PFL – a coligação com os pefelistas garante ao tucano 13 minutos e 48 segundos no programa eleitoral gratuito na TV. Kassab foi secretário municipal de Planejamento do governo Celso Pitta, entre 1997 e 1998. O vice de Serra chegou a ser condenado em primeira instância judicial por improbidade administrativa, mas a sentença foi revogada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
“Hoje eu não aceitaria ser secretário do Pitta”, declarou Kassab. “Assim como o ministro José Dirceu (Casa Civil) não convidaria o Waldomiro Diniz para ser seu assessor.”
“Não queremos o Pitta, mas nós queremos quem votou no Pitta”, emendou Serra. “Temos de somar e ampliar para ganhar a eleição, impossível ganhar sem somar com pessoas que no passado estiveram com outras candidaturas.” Ele disse que o PSDB fez aliança com o PFL, “que é um partido grande, maior que o PSDB na área parlamentar”. Segundo o candidato, “essa aliança não é novidade, porque tive em São Paulo apoio do PFL para a eleição presidencial”.
Questionado se Kassab não seria seu nome de preferência, Serra foi enfático: “Temos uma boa integração com o PFL e combinamos uma aliança por São Paulo. O PFL indicou o seu primeiro-secretário, que é o Kassab. Eu nunca expressei nenhuma preferência, porque não cabe a mim manifestar preferências nem tenho conhecimento aprofundado para poder decidir a respeito, mas quero dizer que a indicação do Kassab nos satisfez bastante.”
Serra não quis comentar se, num eventual segundo turno, aceitaria o apoio de Maluf. “Eu quero ganhar no primeiro turno, realmente ficar discutindo segundo turno não me parece apropriado.” Garantiu que, se eleito, pretende permanecer até o fim do mandato. “Eu estou sendo candidato para ganhar e governar São Paulo por quatro anos”, afirmou, não admitindo a possibilidade de, daqui a dois anos, candidatar-se ao governo do Estado ou à Presidência.
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