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Alaíde demite secretária de Mulheres

Laura Micaela Demarchi se desentendeu com prefeita de Mauá; foi a segunda queda em uma semana

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/09/2019 | 08:55
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Ricardo Trida/1/9/16


A prefeita de Mauá, Alaíde Damo (MDB), exonerou Laura Micaela Demarchi do cargo de secretária de Políticas Públicas para Mulheres. O desligamento ocorreu na quarta-feira.

O Diário apurou que a saída de Laura da administração se deu por desavenças com a emedebista. Oficialmente, o governo não detalhou os motivos da demissão.

“A Prefeitura de Mauá confirma que Laura Micaela Demarchi foi exonerada do cargo de secretária de Políticas Públicas para Mulheres nesta quarta-feira. A administração estuda uma nova composição para a pasta”, informou o governo, por nota.

Laura é mulher do vereador Rafael Demarchi (PRB), de São Bernardo, e tem relação de proximidade com uma das filhas de Alaíde, a ex-deputada estadual Vanessa Damo. Nas demais passagens de Alaíde pela Prefeitura – interinamente, em decorrência da prisão do então titular Atila Jacomussi (PSB) –, Laura também ocupou vaga no primeiro escalão.

É a segunda baixa no governo em uma semana. Antes, Paulo Barthasar (PSL), então titular de Relações Institucionais. Sua demissão aconteceu depois que ele fez comentário jocoso sobre a situação jurídica dos vereadores.

Outra baixa na administração foi o advogado Rogério Babichak, que estava à frente da chefia de Gabinete e da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania. O primeiro setor foi ocupado por Caio Carvalho, que comanda também o departamento de Comunicação. O segundo, Felipe Sarinho, que estava na Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

A primeira a cair depois de Alaíde ficar definitivamente como prefeita de Mauá foi Heloise de Oliveira Vilela, então superintendente da Sama. Ela se desentendeu com Rogério Zutin, então secretário de Saúde.

Zutin foi exonerado pouco tempo depois. Sua nomeação já havia gerado resistência, no governo e fora, mas ele era de confiança da emedebista – trabalhava para família há décadas. Mas foi exonerado depois de série de polêmicas com funcionários. A vaga está com David Ramalho, então secretário adjunto de Governo.

Ao Diário, Laura declarou que as divergências começaram quando ela conseguiu trazer para cidade o projeto chamado Casa de Passagem, de atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica. Laura diz que, no primeiro momento, recebeu autorização de Alaíde para articular a proposta. Depois de efetivada, o comportamento mudou. “A falta de sensibilidade em relação à pasta sempre foi notória, o que foi enfraquecendo a relação e, ontem (quarta-feira), recebi a notícia da exoneração por meio do secretário de Governo (João Veríssimo). Não posso dizer que foi uma surpresa, pela postura que ela havia adotado em relação ao meu trabalho e aos objetivos que eu tinha em relação à defesa das mulheres.”
 




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