Em evento lotado de apoiadores - cerca de 1.200 - em São Caetano, mas sem o brilho das figuras de peso do PMDB em seu primeiro encontro importante na corrida eleitoral, Paulo Pinheiro assumiu ontem a presidência municipal do partido, e criticou o governo petebista..

Faltaram ao ato político os pré-candidatos ao Paço da Capital Gabriel Chalita; do Palácio dos Bandeirantes (em 2014) Paulo Skaf e do vice-presidente da República, Michel Temer. O único cardeal a endossar apoio a Pinheiro no palanque foi Baleia Rossi, deputado e presidente estadual do PMDB.

Sobre o presidente nacional licenciado da agremiação, Baleia afirmou que prometeu presença nas atividades de campanha oficiais do médico. "(Temer) Pediu para dizer que tem o apoio dele, que estará ao seu lado nesta campanha", avisou.

O deputado acrescentou o também ausente Chalita à lista de aliados rumo às urnas. Além desses, integrantes da legenda sentiram falta do comparecimento de outros representantes do partido na Assembleia Legislativa na cerimônia. O pré-candidato ao Paço andreense Nilson Bonome assinou a lista de presença.

Festa também oficializou a parceria do PMDB são-caetanense com PTN e PMN - o Diário havia antecipado a formação do arco das legendas no sábado e ontem.

A comandante do PTN na cidade, Eliane Volpate, deixou claro em seu discurso que a própria sigla vai se beneficiar mais da popularidade do médico para expandir o diretório neste pleito - recebeu 45 votos em 2008 -, do que o contrário. "Gostaria de agradecer ao doutor Paulo Pinheiro e ao Jarbas (Elias Zuri, ex-diretor de Gestão Ambiental do Semasa - Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) por valorizar o partido (PTN)". Jarbas é o principal articulador de Pinheiro, ao lado do ex-diretor de Transportes da Prefeitura de São Caetano Moacir Guirão.

Sobre promessas de secretaria ao PTN em eventual vitória de Pinheiro, Eliane desconhece acordos. Ressaltou apenas afinidades políticas entre os partidos para se coligarem. "Se fizeram acordos foi na estadual", disse Eliane.

CRÍTICAS

Tanto o pré-candidato ao Palácio da Cerâmica quanto Baleia enfatizaram que o grupo governista está desesperado. "Nossos adversários estão tremendo de medo. Tentam jogar pedra na nossa pré-candidatura, caluniando Paulo Pinheiro", criticou o deputado.

Questionado sobre quem seria o principal atirador, se os adversários na eleição ou a antiga executiva do PMDB, Pinheiro considerou o governo José Auricchio Júnior (PTB), do qual é dissidente. "Acho que a administração está mais."

Ex-manda-chuva do PMDB, Nilo Fiqueiredo tentou manobra no Tribunal de Justiça de São Paulo a fim de anular a posse de Pinheiro, ontem. O documento, no entanto, foi indeferido. Floriano Leandrini, ex-deputado, havia dito, antes da cerimônia, que eleger Pinheiro como presidente da sigla seria "uma mentira". O médico já garantiu filiação dentro do prazo e a nova executiva conta com sua assinatura.