Política Titulo Calado
PSD de Ribeirão Pires adota
silêncio para melhorar clima interno

Vereadores não irão mais se pronunciar sobre situação
do partido até a visita de Police Neto, na segunda-feira

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
20/04/2012 | 07:14
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A bancada do PSD em Ribeirão Pires adotou postura de silêncio para tentar arrumar a casa e amenizar os problemas internos. Em reunião realizada no gabinete do presidente do Legislativo, Gerson Constantino (PSD), os parlamentares acordaram que não irão mais se pronunciar sobre a posição partidária nas eleições municipais.

O prazo do voto silencioso é segunda-feira, quando o articulador do PSD na Região Metropolitana e presidente da Câmara de São Paulo, José Police Neto (PSD), estará na cidade para colocar ponto final à novela que envolve o apoio pessedista. O líder pessedista marcou reunião com a bancada às 14h na Câmara.

O encontro entre os parlamentares ocorreu na quarta-feira e foi mais tranquilo do que se esperava. O vereador e presidente do PSD na cidade, Koiti Takaki, teria pedido desculpas a Gerson pelos incidentes das últimas semanas e tentou a reconciliação, que foi aceita pelo colega.

Durante a sessão de terça-feira, o comandante pessedista na cidade abdicou da segunda secretaria para não sentar ao lado de Gerson. O presidente do Legislativo não gostou da postura. Koiti não quis falar publicamente sobre o caso.

Contudo, os problemas no PSD agravaram no sábado. O pré-candidato ao Paço de Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB), almoçou com o presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), para tentar segurar a sigla na sua base de aliados. Gerson não foi convidado e ficou sabendo do evento por outros integrantes do diretório do PSD. O presidente da Câmara admite que “se sentiu excluído”.

Para tentar se explicar ao parlamentar, Saulo alegou que foi ao almoço como convidado do evento do deputado federal Ricardo Izar (PSD). Mas pelos corredores da Casa, o líder da Câmara deixou claro que não acreditou.

O racha se desenha desde que Police Neto começou a conversar com o PT sobre possível apoio. Gerson nunca foi contra o pacto. Ele já foi líder do governo da ex-prefeita e pré-candidata petista, Maria Inês Soares. A abertura da vaga de vice é o principal trunfo do PT para ter êxito na articulação com os pessedistas.

Do outro lado da trincheira, Koiti e o vereador José Nelson de Barros, o Zé Nelson (PSD). Os dois não abrem mão de ficar ao lado de Saulo nas eleições. Nas entrelinhas, eles acusam Gerson de contribuir para sacramentar a aliança com os petistas.




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