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'Não há político mais honesto do que eu', diz Maluf
Carla Navarrete
Do Diário OnLine
22/08/2002 | 17:29
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O candidato do PPB ao governo de São Paulo, Paulo Maluf, negou nesta quinta-feira o estigma de “rouba, mas faz”, e disse que “não existe político mais honesto” do que ele. "Pode neste mundo haver políticos decentes e honestos. Eu faço e não roubo. Tenho hoje menos bens do que eu tinha quando entrei na política“, declarou.

Sobre a existência de contas bancárias suas no exterior, Maluf disse que já desmentiu o caso “mil vezes”. “Eu vou desmentir duas mil vezes, dez mil vezes se precisar. Porque não tenho conta”, disse, durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo.

O pepebista, que escolheu o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a reeleição, como alvo durante a campanha, chamou o tucano de “frouxo”. Ao falar sobre o problema da segurança pública, ele disse que “não será mole como o governador que está aí”.

Maluf também afirmou que os últimos oito anos de governo do PSDB endividaram o Estado e aumentaram o desemprego. “Os tucanos acabaram com São Paulo.” Ao lembrar e criticar a venda do Banespa, ele ainda questionou o destino do dinheiro arrecadado com as privatizações.

Quanto às promessas caso vença a eleição, Maluf disse que pretende liberar todos os veículos do pagamento de pedágios entre as 23h e 6h nas estradas estaduais. Ele também afirmou que criará um fundo de R$ 600 milhões por ano para financiar alunos que cursam universidades pagas.

Maluf disse que vai acabar com a progressão continuada nas escolas estaduais, que acaba com a repetência, e voltou a prometer que vai colocar a Rota (batalhão de operações especiais da Polícia Militar) nas ruas. Ele ainda defendeu a redução da maioridade penal de 18 para 14 anos, e a prisão perpétua para crimes hediondos.

Questionado sobre o apoio dado a ele ao ex-prefeito Celso Pitta, nas eleições de 1996, Maluf disse que errou. Na ocasião, ele Maluf disse aos seus eleitores que não precisariam nunca mais votar nele se Pitta fosse um mau prefeito.

"Eu errei. Eu quis trazer um novo quadro para São Paulo. Convidei várias pessoas - Delfim Netto, Olavo Setubal e até José Serra. Ninguém aceitou ser meu sucessor", afirmou Maluf.




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