Política Titulo Editorial
Saúde em risco
Do Diário do Grande ABC
11/08/2019 | 10:29
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Os males causados pelo tabagismo são amplamente conhecidos. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o hábito de fumar é a principal causa de morte evitável do mundo, já que todos os anos morrem 6 milhões de pessoas. Deste montante, pelo menos 600 mil são fumantes passivos e acabam sendo afetados pela fumaça que não produziram.

Essa é uma questão que sempre foi preocupante. Apesar de inúmeras campanhas e da abundância de informações, muita gente ainda insiste no consumo do tabaco. Nas sete cidades do Grande ABC, são pelo menos 578,3 mil pessoas com mais de 18 anos que admitem ser fumantes. Esse número equivale a 21,7% da população. Dez anos atrás, quando passou a vigorar lei estadual que proíbe o consumo de cigarros e similares em locais total ou parcialmente fechados, eram 455,7 mil.

Esse aumento de 27% potencializa ainda mais o problema. Principalmente porque vai na contramão do que ocorre na Capital e no resto do País, que registraram diminuição de usuários.

Além disso, a análise mais apurada do estudo feito pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano), mostra que na faixa dos 18 aos 24 anos o percentual subiu de 10,8%, em 2009, para 18% no período atual.

O crescimento no número de fumantes é fenômeno que certamente trará reflexos ao sistema de saúde. Por isso, é sempre necessário que as prefeituras e os serviços públicos entrem de cabeça nessa questão. Seja por meio da fiscalização em estabelecimentos comerciais quanto ao cumprimento da Lei Antifumo – de 2009 a 2018 apenas 393 multas foram aplicadas na região –, ou com esclarecimento à população, principalmente aos mais jovens, quanto aos problemas gerados pelo vício.

É certo que a prevenção às doenças custa muito menos que o tratamento. Por isso, é preciso agir rápido para mostrar o quanto prejudicial pode ser o tabaco. 




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