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Pólo tem dificuldade para conseguir água de reuso
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/06/2008 | 07:08
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O projeto Aquapólo, que levará água de reúso da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) ABC - na divisa de São Paulo com São Caetano -, por meio de um duto de 16,5 quilômetros até o Pólo Petroquímico de Capuava, está com problemas técnicos.

O projeto, orçado em R$ 140 milhões, destina-se a suprir com esgoto tratado (água de reúso) dez grandes empresas do Pólo, que utilizarão o insumo no processo industrial (esfriamento de caldeiras, por exemplo).

Segundo o superintendente da Petroquímica União, Rubens Approbato Machado Júnior, os problemas enfrentados são questões normais relacionadas ao traçado do duto e à garantia de suprimento pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Em relação ao traçado, o desafio se deve ao fato de o duto passar por área densamente povoada. Alguns pontos estão sob análise para a busca da melhor alternativa.

Quanto à garantia do suprimento, o assistente executivo da diretoria metropolitana da Sabesp, Nilton Seuaciuc, afirma que a concessionária está tomando providências para que a ETE tenha um armazenamento maior. "A idéia é deixaremos reserva para, em caso de pane, termos 15 a 16 horas de água para suprirmos o Pólo", disse.

Apesar dos desafios, Machado Júnior mantém o otimismo de que será possível a conclusão das obras até o início de 2010. A iniciativa é considerada importante para as indústrias petroquímicas ampliarem as fábricas. Isso porque atualmente as empresas do Pólo utilizam água do Rio Tamanduateí. Como o rio está poluído, é preciso adicionar água potável para o uso industrial.

Além de ser uma solução ecologicamente mais adequada do que adquirir água potável, a obtenção do insumo oriundo do tratamento de esgoto deverá ter custo bem menor. Enquanto o metro cúbico da água potável é de cerca de R$ 9, a de reúso deverá custar entre R$ 0,77 e R$ 2,58.




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