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Projeto do setor plástico ganha adesões
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
15/07/2008 | 07:39
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Claudinei Plaza/DGABC


O projeto APL (Arranjo Produtivo Local) do Plástico do Grande ABC, criado para fortalecer a competitividade das pequenas fabricantes desse segmento na região, acaba de receber a adesão de mais duas empresas, a MG Comércio de Sucatas, de São Bernardo, e a Kratosplast, de Diadema.

Com isso, já são 53 participantes do programa, que oferece apoio técnico, com custo subsidiado, em atividades - como treinamentos, consultorias, participação em feiras até missões empresariais ao Exterior - realizadas pelas empresas de forma conjunta.

Resultado de um convênio firmado no ano passado entre a antiga Suzano Petroquímica (atual Quattor), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), IFC (braço para o setor privado do Banco Mundial), Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas) e Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, o projeto contou com recursos iniciais de R$ 4 milhões pelo prazo de três anos para estimular a cooperação das empresas, com o foco na ampliação dos resultados e redução de custos para essas indústrias.

Em torno de 35% já foi gasto com atividades, entre elas o apoio para a ida das indústrias a uma feira do setor na Alemanha, mas o coordenador do APL, Joelton dos Santos, afirma que o montante disponibilizado pelas entidades ainda permite que o programa ofereça apoio a até 60 empresas.

E a recente inclusão do APL do setor em convênio do governo estadual com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e o Sebrae, deve ajudar a dar mais fôlego à experiência. Pelo acordo, as entidades vão investir US$ 20 milhões em 15 APLs (além do plástico, móveis, calçados, bordados e outros) no Estado.

Santos afirma ainda que haverá oferta de cursos para fabricantes que não participem diretamente do projeto. A região reúne cerca de 550 fabricantes no segmento, que geram 18 mil empregos. No entanto, os empresários que aderiram podem contar com uma gama bem maior de atividades, entre elas serviços de consultoria, desde que se comprometam a desenvolver ações de forma cooperada com o restante do grupo.

Para isso, pagam mensalidade de R$ 195 por 36 meses (o equivalente a R$ 7,04 mil). "Ao final do programa, as empresas terão recebido em torno de R$ 40 mil em atividades (ou seja, economizado esse valor)", afirma Santos. Ele cita que apenas um serviço de consultoria (realizado gratuitamente dentro do projeto) custaria R$ 8.000 sem a adesão.

RECICLAGEM
Há 35 anos no mercado, a MG Comércio de Sucatas, atuava inicialmente na venda de sucata de ferro. Faz três anos, vislumbrou potencial de mercado com a reciclagem de plástico.

A empresa faz a coleta, separação, moagem e granulação dessa matéria-prima que comercializa para fabricantes de utensílio doméstico, brinquedos e indústrias de autopeças.

A participação no APL é considerada uma oportunidade para parcerias com fabricantes e para aprimorar questões técnicas do processo produtivo, segundo a assistente financeira da MG, Rejane Gobbi Fernandes.




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