O plano aprovado prevê a transformação do local em um complexo fechado, no interior de uma área de segurança que está sendo construída entre Jerusalém e Cisjordânia. Uma nova estrada atravessará as terras dos habitantes de Belém e pode separar em dois o campo palestino de Aida, que acolhe 3.500 refugiados.
"Não sabemos qual é exatamente o plano israelense nem a extensão dos terrenos que serão desapropriados e anexados, mas trata-se de uma decisão muito perigosa", declarou à Agência France Presse o prefeito de Belém, Hanna Nasser.
"Segundo os termos dos acordos de Oslo (1993), os judeus têm livre acesso ao local", explicou Nasser, prometendo que levará o assunto à justiça.
Para justificar a decisão, Israel afirmou que o acesso dos peregrinos é perturbado pela violência palestina. "Não se trata de uma anexação. Queremos unicamente garantir o livre acesso ao local", disse à AFP Jonathan Peleg, porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores.
No entanto, os militantes israelenses dos direitos humanos não vêem o caso do mesmo modo e denunciam o que consideram uma expropriação pura.
"A liberdade de religião é uma coisa que deve ser respeitada, mas não em detrimento de outro povo e mediante a usurpação de sua terra", disse Yariv Oppenheimer, do grupo israelense Paz Agora.
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