A atitude do técnico é pensando no futuro. Ele não quer deixar para tomar decisões em cima da pré-temporada. "Temos apenas dez dias. É o tempo que temos para mudar jogadores, implantar um esquema. Ninguém vai querer saber se você não teve tempo. Precisamos vencer sempre".

O São Paulo estréia dia 20 de janeiro no Paulista, diante do Ituano, no Morumbi. Por isso, o treinador já pediu aos seus atletas que não abusem do período de férias e nem pratiquem partidas de final de ano. Ele não quer jogador retornando contundido. "Já falei e vou repetir antes das férias. Vou pedir para eles não ficarem disputando peladas e não correr contra o tempo. Tem jogador que quer sair do aeroporto e ir direto para algum lugar para ganhar 15 minutos. E com isso podem não chegar no destino".

O objetivo de Leão é ter a equipe fechada para começar a temporada. Os volantes Mineiro, Tcheco e Josué, os meias Cristian e Serginho, hoje no Milan, estão na mira do clube. "Acho que temos uma base definida. Falta acrescer mais qualidade. Vou requisitar algumas peças", disse Leão, que quer no mínimo cinco reforços.

Nesta terça, o diretor de Futebol do São Paulo, Juvenal Juvêncio, negou interesse no meia Petkovic, do Vasco. O jogador sérvio não goza do prestígio da diretoria e, principalmente, do técnico Emerson Leão. "Não aconteceu nenhuma conversa e nem irá acontecer. Até tínhamos um interesse, mas ele é diferente. É o único jogador que tem motorista. É um jogador que não tem mais fôlego. É um bom atleta, mas tem outros dois nomes à frente dele", disse Juvêncio. "Ele até ligou para termos uma conversa, mas nem comecei porque não é nosso nome principal. Vamos conversar com os outros primeiro."

O dirigente revelou que o meia Roger (ex-Fluminense) chegou a acertar a transferência para o clube, mas desistiu na última hora. "Acertamos tudo com o Roger. Salário e até discurso que ele iria fazer para os dirigentes do Benfica. Tínhamos feito tudo. Mas aí ele recuou e não quis assinar nada. Foi o efeito Kia. Agora tudo mudou. O Benfica também não quer mais emprestar e ainda pagar parte dos salários. Eles só aceitam vendê-lo", disse. "O São Paulo, antes do atleta, quer também o cidadão. Ele não foi correto conosco."