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Israel deseja negociar paz com a Síria
Da AFP
11/01/2004 | 19:22
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Israel exigiu neste domingo que a Síria deixe de apoiar o "terrorismo" se quer que as negociações de paz entre os dois países sejam retomadas e advertiu os palestinos contra a proclamação unilateral de um Estado independente.

Na Cisjordânia, mais dois palestinos morreram, o primeiro vítima de disparos israelenses contra manifestantes e o segundo, um camicase, quando seu cinturão explodiu antes do que ele esperava. Estes novos incidentes aumentam o número de mortos para 3.696, 2.770 palestinos e 860 israelenses, desde o início da Intifada, no final de setembro de 2000,

Em Tel Aviv, milhares de colonos e simpatizantes da extrema-direita, entre eles deputados e ministros, reuniram-se neste domingo à noite para protestar contra os projetos do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon de desfazer colônias judias.

Em Damasco, o emissário europeu no Oriente Médio, Marc Otte, afirmou que a União Européia está "disposta a ajudar" na retomada das negociações entre Síria e Israel, sem as quais "não haverá paz global" no Oriente Médio.

Sharon, por sua vez, afirmou estar disposto a negociar com a Síria se Damasco deixar de apoiar o "terrorismo". "Gostaríamos de negociar e firmar a paz com todos os países árabes. Portanto, estamos dispostos a negociar com a Síria", disse.

"Só que é necessário que a Síria ponha fim a sua ajuda e apoio ao terrorismo. Se isto acontecer, acredito que Israel ficará muito contente em negociar e de fazê-lo sem fazer outras exigências", acrescentou.

O presidente sírio Bachar al-Assad mostrou-se a favor da retomada do diálogo com Israel sem impor condições em uma entrevista ao jornal americano New York Times no início de dezembro.

A imprensa oficial síria pediu neste sábado que os Estados Unidos intervenham para forçar Israel a retomar as negociações de paz, acusando o gabinete de Sharon de ser "um governo de guerra".

Em 2000, o governo trabalhista israelense tinha aceitado uma retirada quase total das colinas de Golã, exceto de uma pequena faixa de terra, proposta que a Síria rejeitou.

O atual governo de Israel, por sua vez, descarta completamente a oferta do seu antecessor e exige que a negociação "volte à estaca zero", enquanto a Síria quer retomá-la do ponto em que estagnaram.

Quanto aos palestinos, o ministro da Saúde, Danny Naveh, disse que Israel pode anexar setores da Cisjordânia se a Autoridade Nacional Palestina "proclamar um Estado independente de forma unilateral".

Esta declaração foi feita depois que o governo palestino afirmou ter o direito de avançar "em direção à criação de um Estado palestino democrático em todos os territórios ocupados em 1967, incluindo Jerusalém, sua capital", mesmo sem um acordo com Israel.




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