Os dirigentes de Hanói pretendem celebrar com brilhantismo este acontecimento, qualificado de ``sagrada comemoraçao', e que coincide com as festividades do novo ano lunar.

As longas celebraçoes oficiais terminarao no final de abril com a comemoraçao dos 25 anos da queda de Saigon, que pôs fim à guerra do Vietna e permitiu a reunificaçao do país.

Com cerca de 2,5 milhoes de aderentes, entre eles 114 mil novos membros em 1999, o partido fundado por HO Chi Minh em 1930 pretende continuar sendo a força motriz da populaçao e manter sob seu controle os mecanismos de abertura lançados pela política do ``doi moi' (renovaçao) em 1987.

O PCV realiza uma política dualista. Por um lado, prossegue suas reformas em favor da abertura do país ao exterior, segundo o modelo chinês. Mas pelo outro, defende qualquer forma de dissidência e rejeita categoricamente o pluripartidarismo que, segundo o Partido, ameaçaria a estabilidade política indispensável ao desenvolvimento econômico.

O PCV censura estritamente a imprensa vietnamita, assim como as informaçoes procedentes do exterior. Entretanto, tem tentado, nos últimos anos, mudar ante o exterior sua imagem em matéria de direitos humanos, ao conceder maiores liberdades religiosas, dar anistias ou libertar dissidentes famosos.

Enquanto o crescimento econômico está em seus níveis mais baixos dos últimos dez anos, o PCV deve ainda fazer frente à corrupçao e à degradaçao ideológica, moral e política reconhecidas pelos próprios dirigentes.