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Papa vai pedir perdao pelos pecados da Igreja
Do Diário do Grande ABC
16/01/2000 | 17:37
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O papa Joao Paulo II anunciou neste domingo que, junto com outros líderes cristaos, vai pedir perdao pelos pecados cometidos contra a unidade religiosa no último milênio. A cerimônia ecumênica vai acontecer na próxima terça-feira.

O Vaticano informou que mais de 20 sacerdotes nao católicos, incluindo o arcebispo de Canterbury, se reunirao na terça-feira ao papa na cerimônia do Ano Santo, para ressaltar o emprenho do sucessor de Pedro em melhorar suas relaçoes com o resto da cristandade.

"Somente com a ajuda de Deus é possível avançar pelo caminho da unidade, superando as divisoes criadas no mundo cristao durante o segundo milênio", disse neste domingo Joao Paulo durante a bênçao dominical que semanalmente concede aos peregrinos reunidos na praça de Sao Pedro.

A cerimônia de terça-feira, que vai acontecer na basílica de Sao Paulo, atrairá representantes das igrejas ortodoxas e"nos 2000 anos de história do Vaticano, segundo a assessoria de imprensa da Santa Sé. "Pedimos perdao à Deus pelos pecados cometidos contra a unidade da Igreja e, ao mesmo tempo, agradecemos pela graça dos passos tomados rumo a reconciliaçao, especialmente no último século", concluiu o pontífice.

Joao Paulo parecia gripado e, apesar do clima ensolarado e quente, nao ficou muito tempo na janela para saudar os peregrinos em vários idiomas, como sempre faz.

Ainda que a cerimônia de terça-feira tenha a unidade crista como tema, o papa, que visitará a Terra Santa em março, mencionou os esforços para melhorar as relaçoes com os judeus.

Destacou que segunda-feira haverá cerimônias nas igrejas italianas para ressaltar o diálogo religioso entre judeus e cristaos.

Durante o papado de Joao Paulo II, as relaçoes entre a igreja e os judeus melhoraram, levando ao estabelecimento de relaçoes diplomáticas entre a Santa Sé e Israel e permitindo a visita de Joao Paulo à Terra Santa, em março.

Por outro lado, Joao Paulo denunciou que a pobreza é o pior inimigo dos leprosos, porque nega a muitos deles o direito a um tratamento adequado.

Após mencionar que o Vaticano organizou, neste sábado, uma conferência sobre a hanseníase, o papa, que durante a viagem a Cuba, há dois anos, abraçou vários leprosos, disse que a lepra pode ser tratada com remédios que custam relativamente pouco "ainda que com freqüência estejam fora do alcance dos doentes devido à extrema pobreza em que vivem".




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