Apesar do imbróglio que envolve o voo solo do PSDB de Santo André, o pré-candidato ao Paço pelo tucanato, vereador Paulinho Serra, projeta reeditar a parceria recém-firmada entre PSDB e PPS em São Bernardo. O parlamentar crê que é possível vincular a união da cidade vizinha, entretanto, contendo a ala tucana encabeçando a chapa majoritária. "Temos bom relacionamento com os quadros do PPS de Santo André, por isso, acredito que possa se refletir (a adesão)."

Em São Bernardo, a dobrada de oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT) fechou com Alex Manente (PPS), como pré-candidato a prefeito, e Admir Ferro (PSDB), a vice. O prefeiturável tucano vê que a remontagem do apoio possa vingar em função do desgaste da administração Aidan Ravin (PTB) com a suposta corrupção no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). "Espero que tenhamos reflexo da parceria com derrocada do prefeito." O PSDB local estuda formar união pela reeleição do governo.

Paulinho adianta que buscará diálogo nessa semana com o coordenador regional do PPS, deputado Alex Manente e o dirigente do diretório popular-socialista municipal, Edilson Santos. No dia 23, ocorrerá encontro de lideranças das duas legendas, em São Bernardo, inclusive, com presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e do presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire. "Podemos firmar frente ao PT como única novidade em Santo André. Porém, antes a missão é realinhar o partido, para sairmos unidos."

Segundo Alex Manente, sempre há possibilidade de acordo, contudo, primeiramente, o PSDB tem de se definir internamente. "O PPS não entrará em debate alheio. Eles têm quatro pré-candidatos. É complicado para nós falar em cima de pretensão, de algo que não se concretizou", disse o coordenador, ao salientar que quem decidirá o caminho da sigla será o diretório local. "No momento, não existe nada de concreto, pois estamos avaliando qual seria a melhor aliança em campanha majoritária", relatou Edilson. (Fábio Martins)