O técnico Júlio César Passareli, do Esporte Clube São Bernardo, criticou as instalações de treinos - cedidas pela Prefeitura - para o time, que se prepara para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ele afirmou que não pode prever o desempenho da equipe devido às condições ruins de trabalho.

"Não podemos dar o melhor ao time. A Secretaria de Esporte não nos ajuda em nada. Tenho direito a treino somente duas horas na semana no Baetão (às quartas, das 18h às 20h), enquanto as categorias de base do Tigre (São Bernardo Futebol Clube) utilizam o Baetão das 8h às 18h. Isso é ridículo. Uma cidade voltada somente a um clube", disparou o comandante.

A equipe também utiliza outro campo do município para treinar. "Não posso dar maior projeção ao time pela qualidade de treino. Dentro do possível, vamos buscar o máximo", completou o treinador.

O secretário de Esporte, José Luiz Ferrarezi, não gostou das declarações de Júlio César. "Eu sempre disse que não tem cabimento três times profissionais na cidade (há também o Palestra), e temos que priorizar. Nenhum município aguenta. Eles querem montar time de futebol e que o poder público arque com tudo. Assim é fácil", rebateu ele. "Me viro para ceder o que temos. Pagamos a iluminação e a estrutura dos vestiários. Eles são mal-agradecidos", criticou.