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Autora de São Caetano vence o Prêmio Off Flip 2019

Maria Angélica Ferrasoli, terá livro Caixa de Palavras publicado pelo festival

Richard Molina/Especial para o Diário
02/05/2019 | 07:27
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Celso Luiz/DGABC


Escritora de São Caetano, Maria Angélica Ferrasoli, 54, acaba de vencer o Prêmio Off Flip 2019 na categoria Literatura Infantil. A premiação, que será feita na tradicional Festa Literária Internacional de Paraty, no Rio de Janeiro, de 10 a 14 de julho, foi pelo livro Caixa de Palavras, ainda não publicado, e que ganhará uma edição ilustrada pelo festival.

A autora não poderia estar mais orgulhosa da conquista. “É um prêmio de forte expressão, que vem gente de fora do País, dá uma visibilidade muito grande. Nem acreditei quando soube.”

O livro é sobre a amizade entre duas crianças, um menino e uma menina, ambos com 8 anos. O pequeno vem da Síria e é sobrevivente de um naufrágio no qual perdeu os pais e o irmão. Ele não fala, e a mãe da menina explica que as palavras dele estão guardadas em uma caixinha. Pouco a pouco os dois amigos então aprendem a se comunicar através de uma linguagem universal, a do afeto.

Maria Angélica acredita que a literatura infantil é o caminho para educar gerações mais fraternas e instruídas. “Se abordarmos com as crianças questões sérias como o respeito às diferenças e a tolerância desde pequenas, podemos formar pessoas melhores para o futuro.”

Com uma carreira que começou no jornalismo, com passagem pelo Diário, Angélica hoje é assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários do ABC. Em 2013 publicou o primeiro livro, o também infantil A Cueca do Papai. Além do prêmio já mencionado com o segundo livro, a escritora também ganhará um prêmio em dinheiro, a estadia em Paraty, passeio de escuna e uma cota de livros para usar na feira. Isso, claro, fora a exposição que o trabalho terá.

“Desde muito pequena já escrevia”, ela conta. A empreitada na literatura infantil começou quando se tornou mãe. “Inventava histórias junto com minha filha, ela desenhou um livro meu. É um jeito de se aproximar da família.” A autora ressalta a importância de incentivar as crianças a lerem. “Elas precisam ter esse contato com os livros, com o imaginário. Lendo ficção, você experimenta a vida de outro personagem, com outras referências e valores. Isso te dá a possibilidade de elaborar melhor a crítica, a compreensão, a forma de olhar o outro.”

Autora também de contos e poemas, Angélica não descarta se aventurar por outros horizontes. “Gostaria muito de tentar um romance, mas isso precisaria de atenção integral. Tudo que escrevi foi em brechas do trabalho.” Com outras quatro obras infantis à procura de um editor, ela espera que a oportunidade a ajude a publicar outros livros. “Com essa visibilidade maior eu poderei apresentar meu trabalho a novas pessoas”, prevê.
 




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