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Dívida do Timão faz Justiça penhorar o Parque São Jorge
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
17/09/2003 | 23:31
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Como se já não bastasse a instabilidade do Corinthians no Campeonato Brasileiro, o clube também vive um indisfarçável inferno astral nos bastidores. Depois das recentes críticas de Vampeta, Rogério e Moreno – os três reivindicam salários e prêmios atrasados – os próprios advogados do alvinegro confirmaram nesta quarta-feira a penhora do Parque São Jorge como garantia de antigas dívidas cobradas pelo centroavante Luizão.

Coube ao juiz da 12ª Vara, Glenner Denner Pimenta Stroppa, expedir o documento. No entanto, o escritório Tozzini, Freire, Teixeira e Silva, que defende o clube, disse que a medida é provisória até que o mérito vá a julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Anteriormente, a Receita Federal, que cobra R$ 537.082, também penhorou o mesmo patrimônio. Segundo consta do processo que tramita no TST, Luizão reclama o pagamento de R$ 5.602.211. Uma avaliação apresentada pelos dirigentes mostra que o Parque São Jorge vale aproximadamente R$ 16 milhões. O artilheiro já ganhou a causa em primeira instância. O Corinthians recorreu, mas o resultado ainda não saiu.

Independentemente da decisão em segunda instância, a advogada do atleta, Gislaine Nunes, prevê que a disputa vai parar em Brasília, para que o TST julgue o mérito da questão. Até que isso aconteça, o Parque São Jorge permanece atrelado ao desfecho.

Luizão, aliás, não é o único jogador que saiu do Corinthians por falta de pagamento. Gislaine Nunes provou judicialmente que o direito de imagem é uma espécie de fraude no contrato trabalhista. O atacante deixou o Parque São Jorge amparado por uma decisão judicial para atuar pelo Grêmio. Em seguida, transferiu-se para o Hertha Berlim (Alemanha).

O Corinthians ainda perdeu Deivid sob o mesmo pretexto. Só que atribuíram o calote à ex-parceira Hicks Muse, que não teria efetuado o pagamento de US$ 1,3 milhões ao Nova Iguaçu, mas acionaram o clube como parte do processo. A diretoria considerou a hipótese de não liberá-lo, mas desistindo da idéia depois que o presidente do Nova Iguaçu, Jorge Morais, ameaçou pedir a penhora da sede social. Sem outra alternativa, o Corinthians facilitou a transferência de Deivid para o Bordeaux (França).




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