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Momento do PT faz Maria Inês
repensar posição sobre eleições
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
20/03/2011 | 07:07
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Após descartar a corrida pelo Executivo de Ribeirão Pires, em 2008, a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT) colocou seu nome à disposição para tentar retornar ao posto que ocupou por dois mandatos (1997 a 2004). A petista alegou que o momento do partido é diferente. "A situação interna mudou. Não estava disposta a concorrer, porque acredito que uma campanha majoritária precisa estar junto à maioria", declarou.

Nas últimas eleições municipais, a legenda enfrentava crise interna, que começou com a escolha do presidente do diretório. O grupo ligado à Maria Inês acabou perdendo a disputa. Após o racha, ficou complicado chegar no consenso em torno do concorrente ao Paço. "Não quis naquela época porque meu projeto não representava a totalidade do partido, não contemplava", lembrou.

Com a eleição de Antonio Carlos Pereira de Souza, o Carlão, no PED (Processo de Eleições Diretas) de 2009, a situação começou a se acalmar. "Coloquei meu nome para discussão. Só isso. Não vou brigar internamente para sair candidata, até porque estamos num bom momento", analisou. Os nomes de Mário Nunes - derrotado por Clóvis Volpi (PV) na eleição passada - e do próprio Carlão tangenciam as discussões. A intenção do diretório é escolher o candidato até abril.

Mas, nos bastidores, circula informação de que a ex-prefeita tem mais respaldo entre todos. "Como já ocupei o Executivo tenho importância nas discussões políticas", ressaltou. Maria Inês seria a peça que faltava para atrair o vereador José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), que só estaria esperando ultimato da petista para pensar seriamente sobre a transição. "Gosto muito dela, acho que realizou ótima gestão. Ficaria lisonjeado se ela me chamasse para conversar". Maria Inês afirmou desconhecer o assédio e preferiu não se manifestar.

Desde a semana passada, o parlamentar vem sendo sondado pelo PT. O teor da conversa é sua possível transferência para chapa de oposição, no pleito do ano que vem. "Eles me pediram para não fechar com ninguém e me chamaram para almoçar", disse.

Apesar de estar no partido de Nono Nardelli, chefe de Gabinete do Executivo e um dos cotados para ser candidato a prefeito pelo grupo da atual administração, o parlamentar se mostrou interessado no que os petistas têm a dizer. "Estou aberto para negociação", afirmou Vicentinho.




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