Sem definir ainda se lança candidato ao campo majoritário em São Bernardo, o PSB vivencia o assédio de PT e PPS, que medirão forças na eleição municipal.

Segunda maior bancada do Legislativo com quatro parlamentares - perdendo apenas para o PT, que tem seis vereadores - assegurar o apoio dos socialistas representaria conquistar fatia importante do eleitorado local.

Lideranças do partido têm mantido diálogo com o prefeito Luiz Marinho (PT), que deseja incluir a sigla em sua base aliada. Na semana passada foi a vez do deputado estadual e pré-candidato ao Paço pelo PPS, Alex Manente, dialogar com os vereadores socialistas. "Tivemos essa conversa, mas não há nada definido", disse Ary de Oliveira.

Para conseguir o apoio dos socialistas, Marinho conversou pessoalmente com o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do encontro.

De acordo com resolução da executiva nacional do PSB, nas cidades com mais de 200 mil eleitores as decisões sobre a eleição municipal serão ratificadas pelo comando máximo da sigla. Desse modo, a mão de Campos pode ‘pesar' favoravelmente ao petista.

O presidente do diretório municipal do PSB, Luiz Carlos Heredia, segue nessa linha, avaliando que apoiar a reeleição de Marinho é o ‘caminho mais provável'. "A tendência é essa. Temos duas possibilidades, ou caminhamos sozinhos ou com o Marinho", afirmou Heredia.

Líder socialista na Câmara, Antonio Cabrera evita cravar apoio a qualquer outra legenda, alegando que as conversas são comuns nesse momento. "Nosso papel é conversar, estamos fazendo isso com calma, sem pressa".

Se Marinho conta com Lula para costurar alianças políticas, Alex pode recorrer ao auxílio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), um dos responsáveis por consolidar o apoio dos tucanos à empreitada eleitoral do popular-socialista. "Sem dúvida o governador é uma figura política importante, mas nós vamos dar sequência ao diálogo (com o PSB)", ponderou o pré-candidato.