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INSS suspende benefício de trabalhador
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
27/09/2008 | 07:20
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Ari Paleta/DGABC


Prótese na coluna, dores, contas a pagar, afastamento do trabalho e três meses sem salário. Esta é a atual condição do morador de Santo André Edemir Lunardelli, 43 anos. Mecânico de manutenção de ônibus e caminhões, Edemir está afastado da Mercedes-Benz há três anos, por problemas na coluna, e há três meses trava uma batalha no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), que suspendeu seu benefício.

"As dores começaram em 2000, mas ficaram insuportáveis em 2005, quando realizei uma cirurgia e tive de colocar uma prótese", explica.

Com dificuldades para andar, o mecânico está afastado do trabalho e segundo os médicos que o acompanham não tem condições de retornar. "Meu ofício é pesado, dependo do esforço físico para conseguir trabalhar. Infelizmente sinto dores e não consigo mais", lamenta.

"Mesmo sem ter condições, o médico perito disse que eu devo retornar ao trabalho e que o benefício está suspenso", conta.

O contribuinte esteve no INSS de Santo André na última quarta-feira (24) e pela terceira vez, em três meses, recebeu um ‘não' como resposta. "O médico mal olhou para mim e disse que eu devo trabalhar. Ele não quis me escutar e falou que o médico da Mercedes deve encontrar outra função dentro da empresa, porque o INSS não vai mais arcar com o benefício", diz Edemir.

A empresa onde o mecânico trabalhava se recusa a aceitá-lo de volta e alega que ele não tem condições de exercer nenhuma outra função no local, já que todas exigem esforço físico.

"Enquanto isso não se resolve minhas contas continuam chegando, o tempo não pára e eu não sei mais como agir. Cada vez que o INSS nega o benefício eu tenho que esperar um mês para agendar uma nova perícia. É um tempo de agonia e expectativa. Não queria estar doente, nem precisar de nada disso", desabafa.




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