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Fiesp lança painel eletrônico com deputados a favor e contra a CPMF
Da Agência Brasil
13/09/2007 | 16:46
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A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) inaugurou nesta quinta-feira em São Paulo um painel eletrônico com os nomes dos senadores e deputados federais paulistas e seus respectivos partidos mostrando a posição de cada um deles quanto à votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.

O painel, localizado em frente a sede da entidade, na avenida Paulista, mostra se o parlamentar é contra, indeciso ou a favor da permanência do tributo. A Fiesp é uma das entidades líderes de um movimento que defende o fim da CPMF, cujo prazo de extinção está previsto para o fim deste ano.

Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, se a CPMF continuar representará um aumento de carga tributária. “É um novo imposto que nasce aí e sem necessidade, porque este ano o aumento de arrecadação foi de R$ 60 bilhões e no próximo ano será de mais R$ 70 bilhões”, afirmou Skaf.

De acordo com Skaf, em 2008, com a CPMF o governo arrecadará de cerca de R$ 547 bilhões, que é o suficiente para cobrir os gastos com os programas sociais, saúde e todas as necessidades do país. “O que precisa é de gestão pública, melhorar os serviços públicos, gastar bem esse dinheiro. Não é arrecadar mais, criar impostos”.

O presidente da Fiesp ressaltou que, desde que o movimento contra a CPMF foi lançado por um grupo de entidades da sociedade civil, no início de agosto, até hoje foram colhidas mais de 1,2 milhão de assinaturas contra o imposto. As opiniões sobre o assunto podem ser dadas por meio do site www.contraacpmf.com.br e a partir da próxima segunda-feira pelo telefone 0800773112.

“Continuamos colhendo essas assinaturas, e existem pesquisas da própria Câmara dos Deputados mostrando que 98% das pessoas não querem e não aceitam a CPMF. Se é vontade da sociedade e do povo, os parlamentares estão na Câmara e no Senado para atender a ansiedade, as necessidades e o que é melhor para o povo brasileiro”.

Skaf reiterou que a população precisa saber quais são os parlamentares que estão contra, a favor ou indecisos quanto à CPMF. “Quem está indeciso também não é bom, porque a posição é muito clara, já que a lei determina o fim do imposto. Não tem que estar indeciso”.

Na opinião de Skaf, a CPMF é um imposto injusto, porque reflete naqueles que ganham menos e cobra em toda a cadeia produtiva dos produtos de forma cumulativa. “Ele bitributa, faz com que todos os produtos tenham a CPMF embutida em seus preços, custos. Na hora de comprar um pão, a CPMF é a mesma para aqueles que ganham 20 salários mínimos ou um, mas o que ganha menos paga muito mais”.



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