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Outro passo no mundo da dança

Bailarino da região, Humberto Ramazzina vai para a primeira companhia do Charlotte Ballet

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
03/03/2019 | 07:44
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Divulgação


A caminhada artística de Humberto Ramazzina fica cada vez mais iluminada. Bailarino de São Bernardo, deixou o País aos 16 anos. Seu destino foi os Estados Unidos, onde vive até hoje. Após passar pelo The Harid Conservatory, na Flórida, se instalou na Carolina do Norte e é parte do Charlotte Ballet desde 2017.

Mas agora, aos 21 anos, ele celebra outra conquista: ser parte da primeira companhia do grupo, ou seja, o time principal. “Em dezembro tive uma reunião com Hope Muir (diretora artística). Chegamos a falar da oportunidade de vaga para a primeira companhia. Nada estava muito certo, pois a decisão final ainda  não havia sido tomada. Porém, em fevereiro, recebi a proposta”, conta o bailarino, orgulhoso.

Ramazzina explica que, com a mudança, ele terá oportunidade de aprender com diversos  coreógrafos ao longo do ano. “E me apresentar em diferentes espetáculos”, afirma. O artista diz que recentemente a companhia levou diversos nomes para trabalhar com seus bailarinos, como Helen Pickett, Peter Chu, Stephanie Martinez, Sasha Janes e Mark Diamond.

Sobre seu novo passo, Ramazzina acredita que é o sonho de qualquer bailarino conseguir o mesmo que ele. “É uma oportunidade que dará início à minha carreira.” Na vida particular é um alívio também para ele.

“Será uma experiência bem diferente. Poderei começar a estudar, fazer faculdade, ajudar meus pais – que ainda vivem em São Bernardo –, e ter melhor qualidade de vida”, afirma ele, que já consegue viver, financeiramente, com o suor de sua arte.

Mas para que tudo siga correndo bem, Ramazzina precisa se dedicar ainda mais. Nas semanas em que não tem espetáculo, geralmente ensaia de segunda a sexta,  das 9h às 18h. Porém, em temporadas de  apresentação, como quando fez O Quebra-Nozes, o trabalho começa por volta de 12h e segue até 21h.

O artista diz que nos Estados Unidos ele sente que o balé e a arte, de forma geral, são tratados com devido respeito. “A  população  tem um interesse enorme na arte, na  dança, música. O apoio não está só na comunidade, mas no Estado”, diz.<EM>

Ramazzina trabalha com afinco para conseguir seu visto norte-americano permanente. Sua vontade é fazer, de fato, a vida nos Estados Unidos. Em seguida, pensa em ter seus pais, Andréia e Marco, por perto. Aliás,   a oportunidade de entrar para a primeira companhia lhe deu a possibilidade de ajudá-los a irem aos Estados Unidos para visitar o filho após quatro anos de saudade. 




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