- Comecei a minha carreira como modelo. Já estava em mim desde muito cedo, mas o estopim foi a um ano e meio atrás. Me vi sendo atacada por esse padrão, por essa mídia, pelas pessoas para ter o corpo perfeito, o corpo no lugar. Mas nunca é suficiente. É uma corrida louca para chegara um modelo utópico e irreal. A perfeição não existe. Estava definhando, entristecendo... Sempre fui muito alegre com a vida e me vi completamente presa. Uma prisão em que não conseguia comer brócolis, nem água de coco. Quanto mais magra, mais elogio eu tinha, principalmente das mulheres. Passava mal na academia. Caia muitas vezes... Eu tive amenorreia. Para mulher, é supergrave.
E não é só isso. A namorada de Cauã Reymond ainda continuou seu relato, dizendo que ela teve um momento crucial para perceber que precisava de ajuda:
- Estava 20 horas sem comer nada. Chegou à noite e estava tentando me manter em pé e vi uma barra de chocolate. Eu adoro! Vi e pensei: Vou comer só um pedaço, não vai fazer mal. Me descontrolei. Comi inteiro. Olhei o papel sem nada e vomitei. Depois desse dia, pensei: O que estou fazendo comigo. Me dei três tapas na cara e fui procurar ajuda. Não adianta ninguém falar, pais amigos, amores... Você não enxerga, você precisa de ajuda para reconhecer.
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